A femtech Oya Care, uma das primeiras clínicas virtual da saúde feminina do Brasil, acaba de receber um investimento seed de R$ 16 milhões para investir em tecnologia. Com foco em saúde preventiva, a empresa chegou ao mercado em 2021 para preencher uma lacuna na medicina e inovar o acesso à saúde para mulheres e pessoas com ovário.
O investimento, que quadruplica o levantado pela startup no pré-seed, foi liderado pela Susa Ventures e conta com o retorno de nomes que já aplicaram capital na empresa, como a Canary e a IKJ Capital, e também com a chegada de novos investidores, como a 1616 Ventures e a Positive Ventures. Em sua captação anterior, liderada pela Canary em dezembro de 2020, a Oya Care levantou cerca de R$ 4 milhões e com esse investimento, deu início a suas atividades no mercado.
“Nosso primeiro ano de operação foi importante para mostrarmos que é possível redefinir a relação das pessoas com ovários e sua própria fertilidade – através de atendimento virtual, acessível e sem preconceitos, com foco na prevenção. Esta nova rodada de investimentos será fundamental para expandirmos o alcance da Oya. No final do dia, queremos ver mais mulheres e pessoas com ovário com autonomia para tomarem as melhores decisões para a sua vida – apoiadas pela medicina e pela ciência.” comenta Stephanie Von Staa Toledo, fundadora e CEO da Oya.
“Apoiamos a Oya desde sua concepção e ficamos muito felizes em acompanhar o desenvolvimento da empresa ao longo de 2021. Stephanie é uma fundadora excepcional, ela tem uma visão clara e ambiciosa sobre o espaço da saúde da mulher, algo que pode causar um impacto enorme na sociedade brasileira”, diz Izabel Gallera, sócia da firma de venture capital Canary.
Com uma operação 100% virtual e um time de 12 colaboradores e seis médicos que cuidam do atendimento das usuárias do serviço (que são chamadas de “oyanas”), a Oya Care oferece três serviços: Descoberta da Fertilidade, Consultoria da Fertilidade e SOS Oya. Com o investimento, a startup pretende expandir sua operação para alcançar seus objetivos – entregar as melhores soluções para a saúde da mulher e das pessoas com ovário por meio de tecnologia e ciência, para assim gerar mais autonomia e empoderamento para suas escolhas.
No Brasil, 71% das mulheres entre 30-34 anos querem saber sobre seus níveis de fertilidade. Entretanto, apenas 8% passaram por algum tipo de avaliação. Sabendo disso, a Oya pretende investir em tecnologias para expandir sua capacidade de atendimento, tornando-o cada vez mais prático e acessível.
Foi só a partir dos anos 90 que o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) começou a estudar a saúde da mulher como uma linha específica. Até 2015, não era obrigatório envolver homens e mulheres na mesma proporção em pesquisas e ensaios clínicos — muitos nem contavam com participantes do sexo feminino.
Por isso, para a Oya Care, o investimento em soluções voltadas a essa população é necessário e inadiável e, com essa rodada, a startup pretende escalar o jeito Oya de olhar para a saúde da mulher. Um exemplo de como a Oya já vem investindo nesse tipo de abrangência é o SOS Oya, um serviço que oferece assistência ginecológica emergencial para atender de maneira prática e rápida as dúvidas, queixas e incômodos de pessoas com vulva. O investimento trará para a startup a possibilidade de entregar seus serviços para ainda mais pessoas e, assim, levar mais conhecimento, cuidado e autonomia para que cada uma delas possa tomar as melhores decisões pensando em sua saúde, bem estar e futuro.
* Foto de destaque: Stephanie Von Staa Toledo, fundadora e CEO da Oya.
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