A Woof, uma das maiores redes de pet shops afiliados do Brasil, acaba de receber um aporte de R$ 6,2 milhões em rodada liderada pelo BR Angels Smart Network, que contou também com a participação da GVAngels, Urca Angels e Anjos do Brasil. Com um marketplace que coordena a compra de produtos entre clientes e pet shops locais, a startup já conta com mais de 2 mil estabelecimentos associados, distribuídos em 23 estados do Brasil. O investimento recebido será aplicado no aprimoramento dos serviços da empresa, que planeja triplicar de tamanho até o final deste ano.
Por meio de sua tecnologia proprietária, a Woof cria trajetórias personalizadas para cada tutor de animal de estimação, tornando a compra de produtos pet mais assertiva. Os clientes recorrentes contam com atendimento exclusivo realizado por veterinários e especialistas, além de conteúdo informativo para auxiliar no cuidado dos animais, economizando tempo e recursos para adquirir o que seus filhos de quatro patas realmente precisam.
“Trazemos uma lógica similar à compra de passagens aéreas. Quem programa a aquisição daquilo que precisa economiza. Assim, conciliamos a melhor experiência do cliente e o melhor preço,” explica Caetano Altafin, fundador e CEO da Woof.
Ao conectar os compradores com pet shops locais, a startup proporciona uma logística ágil, com a entrega gratuita dos itens no mesmo dia ou de forma programada em mais de 200 cidades brasileiras.
“De acordo com a Euromonitor International, o mercado pet brasileiro superou o Reino Unido e hoje é o terceiro maior do mundo, atrás somente dos Estados Unidos e da China. Os números mostram o quanto ainda podemos escalar e o aporte será fundamental para oferecermos mais soluções aos afiliados, melhorar a experiência do cliente na nossa plataforma e desenvolver o negócio de maneira geral”, afirma Altafin.
Anjos de pets
Segundo levantamento do Instituto Pet Brasil, divulgado em outubro de 2021, a expectativa do setor era fechar o ano com R$ 49,9 bilhões de faturamento – um aumento de 22,1% em relação ao ano anterior. O comércio eletrônico corresponde apenas a 5,4% desse valor. A proposta de otimizar um mercado que é, ao mesmo tempo, promissor e carente de presença digital chamou a atenção de investidores-anjo, que se uniram para apostar no negócio. Segundo Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, a expectativa é que a indústria pet continue a crescer e, com ela, a Woof cresça também.
“De uns anos para cá, percebemos o aumento da demanda por serviços digitais de qualidade em todos os setores. O pet não ficaria de fora por muito tempo. Enxergamos que a Woof dá o suporte necessário para que pet shops locais, que são a maioria deste setor no país, se aprimorem e mantenham a competitividade. É um negócio que o BR Angels acredita e que está animado não só para contribuir com o capital financeiro, mas principalmente com a mentoria e dedicação dos nossos C-Levels associados, a fim de levar a startup para o próximo nível”, declara Cintra.
Rodolfo Campitelli, investidor da GVAngels, destaca que a relação da rede com a startup vem desde abril de 2021, quando a GVAngels liderou a rodada anterior de investimento pré-seed. “Nós observamos o cumprimento do business plan quase que de modo cirúrgico – com raras exceções, o material que avaliamos em fevereiro de 2021 foi realizado e teve excelentes resultados. Hoje, existe essa necessidade de produtos digitais e poucos players do segmento pet neste ambiente, por conta dos custos de estoque e logística. Como o modelo de negócio da Woof é escalável, ela consegue triunfar”, diz.
Para Eduardo Gomes Fernandes, investidor da Anjos do Brasil, a solidez do plano de negócios e da performance inicial da startup foram cruciais para a tomada de decisão do investimento. “A utilização de inovação tecnológica pet centric aliada à aplicação dos conceitos de marketplace e dark stores em um mesmo negócio é muito interessante. Além do alto potencial de escalabilidade, nós enxergamos relativa baixa necessidade de capital de giro, então não podíamos ficar de fora”, relata.
Já Marcell Almeida, investidor do Urca Angels, diz que a startup se destaca por colocar em prática o que propõe. “A Woof é muito mais do que uma ideia de negócio. Ela possui uma solução inovadora para o mercado de pets, que vai além de um power point bem elaborado, e isso está comprovado nos números atingidos. O Caetano também demonstrou ser um CEO motivado e diferenciado em relação a vários que vimos em pitchs feitos para o Urca”, diz.
Engajamento na causa animal e social
Criada em 2018 sob o nome GoApp.Pet, a startup era inicialmente uma plataforma de adoção de animais. Mesmo com a mudança do negócio e da marca, a Woof segue promovendo parcerias e programas para dar suporte à comunidade, abrigos e protetores no auxílio a animais resgatados. Além disso, é a única pet shop online com atendimento em Libras por vídeo. Marcela Grezes, fundadora e CMO da startup, explica que o comprometimento vai além da jornada de compra do cliente e tem como propósito final o benefício para o animal de estimação.
“Nós acreditamos que, mais do que oferecer produtos, a missão da startup é levar conveniência aos clientes e melhorar a qualidade de vida dos animais. A empresa nasceu com o objetivo de permitir que os tutores comprem o que seus pets precisam com segurança e que recebam os pedidos com atendimento de qualidade, focado no animal. Além disso, desenvolvemos um sistema que acompanha a vida dos nossos clientes pets, como gostamos de dizer, porque realmente queremos estar presentes em todos momentos da vida dos animais dos nossos clientes”, finaliza.
No âmbito social, a startup lançou a Woofniversity, com programas educativos voltados aos membros do time, e a Woof Women, programa de lideranças femininas. Dentre as ações socioambientais voltadas à comunidade, promovidas regularmente, estão a restauração em curso do cachorródromo da Vila Buarque, em São Paulo.
* Foto de destaque: Marcela Grezes, fundadora e CMO da startup.
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