A Moss.earth, climatech brasileira de soluções ambientais em blockchain e que oferece soluções para facilitar a jornada de compensação de carbono das empresas, anunciou o aporte Série A de US$ 10 milhões. A rodada foi liderada pela SP Ventures e Acre Venture Partners, com participação da Jive Investments, Flori Ventures (Celo) e The Craftory.
“Estamos entusiasmados em acelerar nosso rápido crescimento com investidores de alta qualidade e honrados por poder contar com suas redes para uma inovação ainda maior no mercado de climatech. Estamos desenvolvendo muitos produtos e serviços significativos da Web 3.0, como a emissão e distribuição de NFTs terrestres da Amazônia e certificação digital de trabalho ambiental, para destravar valor para o planeta e para nossa luta contra as mudanças climáticas. Por meio do nosso time de experts de blockchain, queremos fazer a contabilidade ambiental e a geração de ativos mais barata, rápida e conveniente“, afirma Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss.earth.
Desde a sua fundação em março de 2020, o objetivo da startup é digitalizar e transformar o sistema global de serviços ambientais, por meio do uso de blockchain e serviços descentralizados. A empresa liderou a transição para a web 3.0 nos mercados de carbono com a tokenização de créditos de carbono da floresta amazônica. Por meio do modelo de intermediação e curadoria dos melhores projetos de conservação da floresta amazônica da Moss, grandes corporações e pessoas físicas adquiriram mais de US$ 26 milhões em créditos de carbono nos últimos 18 meses – a maior quantidade de recursos privados já enviados para conservação na região.
“Estamos impressionados com a capacidade da Moss de digitalizar a cadeia de valor do carbono e reduzir muito o atrito entre a geração de ativos ambientais e a demanda reprimida das empresas e do consumidor por soluções climáticas práticas e impactantes”, afirma Alex Bondar, da Acre Venture Partners.
A Moss.earth é pioneira em digitalizar créditos de carbono emitidos por projetos de manejo florestal e conservação ambiental na Amazônia. O MCO2 é um token que equivale a uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida na atmosfera. A disrupção de vincular o crédito de carbono ao blockchain garante o rastreamento digital dos projetos que fazem parte do mecanismo REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal somado à conservação do território), e a integridade sobre o processo de compensação das emissões geradas pelos processos produtivos. O MCO2 é o primeiro criptoativo não apenas do Brasil, mas de toda a América Latina listado nas maiores exchanges do mundo, como Coinbase e Gemini. O token também está disponível na rede Celo e faz parte da reserva Celo.
“Vemos as mudanças climáticas como a ameaça existencial mais premente para a economia agrícola da América Latina. Não vimos nenhuma organização no planeta com o potencial da Moss para criar os incentivos econômicos necessários para acelerar a transição para uma agricultura descarbonizada e conservar as florestas e os habitats da vida selvagem da região”, afirmou o fundador e CEO da SP Ventures, Francisco Jardim.
O novo aporte é o terceiro conquistado pela climatech. Em 2020, a Moss levantou US$ 1,6 milhão em rodada liderada pela Pfeffer Capital no mês de junho e US$ 1,8 milhão em um investimento liderado pela The Craftory no mês de novembro. “A demanda corporativa e da sociedade para compensação de emissões explodiu neste ano à medida que as mudanças climáticas se tornam cada vez mais claras em nossas rotinas. Estamos confiantes de que o nosso DNA em blockchain e tecnologia nos dá uma vantagem competitiva para que possamos gerar no setor ambiental global o mesmo impacto que, por exemplo, o Uber teve no setor de transporte ou o Airbnb no setor de hospedagem”, conclui Adaime.
* Foto destaque: Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss.earth.
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