O Kinea Ventures, fundo de Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco, e sócios da Hix Capital, anunciaram um investimento de R$ 12 milhões em na Mola, empresa de soluções para correspondentes bancários.
A fintech pernambucana nasceu com o propósito de investir e disponibilizar soluções inovadoras para o setor financeiro e já tinha os sócios da Hix Capital e Walter Sabini, CEO da Hi Partners, como investidores.
Fundada em 2018 pelos empreendedores Robson Portela Pontes, Yuri Notaro e Diogo Barros, a startup desenvolveu uma plataforma tecnológica que acompanha toda a jornada dos correspondentes bancários. Um estudo encomendado pela Mola comprovou que três em cada quatro correspondentes bancários cadastrados no Brasil oferecem operações de crédito, reforçando o potencial de crescimento do setor.
O objetivo do aporte é ampliar a operação, contribuindo com o crescimento das vendas. Para isso, a Mola vai reforçar seu time com novas contratações e investir em tecnologia para desenvolver novos produtos e serviços. A meta é crescer sete vezes até o fim de 2022 com a criação de um ecossistema inovador de crédito capaz de impactar positivamente a vida dos brasileiros.
Uma das principais vantagens da plataforma da Mola é a possibilidade de adição de novos produtos de crédito de diferentes bancos e instituições. Assim, o correspondente tem à disposição uma grande variedade de produtos para vender e traçar as melhores estratégias comerciais para seu negócio.
“O correspondente bancário é um importante canal para o mercado financeiro, concedendo diversos produtos e serviços às pessoas. Nossa missão é fornecer as melhores condições para que essas empresas possam atender seus clientes com rapidez, eficiência e praticidade”, explica Robson Portela Pontes, CEO e fundador da Mola.
O mercado dos correspondentes bancários está em alta, principalmente com o crescimento do consignado durante o cenário pandêmico. Entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, o volume deste tipo de crédito cresceu 14% no país, impulsionando o mercado.
Além disso, a utilização do FGTS em operações de crédito também evidencia essa evolução. Entre abril de 2020 e agosto de 2021, foram realizadas mais de 7,4 milhões de operações com a antecipação do saque-aniversário do fundo, movimentando R$ 11,8 bilhões no período. Essa perspectiva faz com que o desenvolvimento de soluções para o setor, com o fortalecimento do canal, seja uma alternativa interessante de investimento para fundos que buscam startups em crescimento.
A Mola é um dos principais players da área e está em um período de significativa expansão. Silvio Santana, ex-Getnet, assumiu como CRO (Chief Revenue Officer) e cofundador. Além disso, desde que remodelou sua plataforma de tecnologia, o número de funcionários praticamente quadruplicou. Já a quantidade de clientes cresceu 23 vezes no período, com mais de R$ 3 bilhões em propostas registradas pela plataforma.
“O segmento de correspondentes bancários carece de soluções digitais que apresentem usabilidade simples e eficiente, e que auxiliem na jornada completa de seus negócios. A Mola tem endereçado justamente esta lacuna”, explica Philippe Schlumpf, que está à frente do Kinea Ventures. “O time fundador desenvolveu a plataforma com o objetivo de promover uma otimização de ponta a ponta dos processos presentes na rotina dos correspondentes bancários, independentemente do porte dos mesmos, fornecendo módulos de vendas, de gestão operacional e financeira que viabilizam maior organização e automatização de cada uma destas etapas”, completa Schlumpf, que fez aportes recentes nas startups Monkey, Paketá e Tenchi.
Atualmente, a solução conta com dois pilares. Um deles é a funcionalidade de vendas, capaz de digitar e enviar as propostas ao banco a partir das simulações e economizar tempo do profissional. Há também a voltada para gestão, com um dashboard completo que mostra produtividade e uma visão geral das receitas, comissões, conciliação bancária, demonstrativo de resultados e gestão financeira.
* Foto em destaque: Fundadores da Mola (da esq. à dir.): Yuri Notaro, Robson Portela, Diogo Barros e Silvio Santana
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