A Beaver, startup que automatiza o processamento de documentos usando inteligência artificial, atraiu 345 investidores e conseguiu um aporte de R$ 2 milhões via CapTable em apenas 79 horas. A startup é uma das primeiras de inteligência artificial voltada para o mercado jurídico e desenvolve soluções digitais que desburocratizam os processos que podem dificultar o crescimento das operações das empresas.
Para o CEO da Beaver, Alessandro Allodi, essa rodada de investimentos é muito importante para o desenvolvimento e crescimento da startup fundada em 2019. “Estamos empolgados com essa captação. Temos certeza que a contribuição ativa que os investidores poderão nos proporcionar será fundamental para alcançar um sucesso ainda maior para a Beaver”, afirma o CEO.
Menos burocracias
O serviço de AI oferecido pela Beaver é focado em auxiliar as empresas com a análise e extração de informações documentais. “Mais do que ser uma legaltech, somos uma empresa de tecnologia, uma empresa que cria formas de abordar e processar documentos. A Beaver cria toda a estrutura e processamento da inteligência artificial para abordar a leitura de diferentes categorias de documentos. Após serem criadas, essas tecnologias podem ser colocadas em outras frentes de trabalho, não somente voltadas para o setor jurídico. Com certeza existe o aspecto legal, mas elas podem ser enquadradas nos aspectos regulatórios também”, detalha Allodi.
A startup atua oferecendo duas frentes de serviços para as empresas: o primeiro é o SaaS, que é um produto básico que envolve a extração das informações e a entrega de dados brutos via API (Interface de Programação de Aplicações) ou troca de arquivos. O outro é o SaaS + serviço, que além de extrair as informações, revisa e estrutura os dados para o cliente.
“A Beaver cria a própria tecnologia. Buscamos sempre criar novas tecnologias de inteligência artificial para os clientes, sejam as tradicionais ou as startups, de acordo com sua realidade e dor”, explica o CEO.
O cofundador da CapTable, Guilherme Enck, diz que os aportes na Beaver se devem à confiança dos investidores no mercado que está vertical no país. “O crescimento das startups jurídicas no Brasil é notável, os investidores confiam muito em soluções inovadoras alocadas em mercados com forte tendência de crescimento, como é o caso da Beaver”, afirma Enck.
Essa rodada de investimentos dispôs de um investimento via sindicato, que conta com a Prana Capital como investidores-líderes, que possuem maior experiência no investimento em empresas de alto crescimento. A diferença é que os investidores-líderes irão conduzir a interlocução dos demais investidores com a startup e receber uma taxa de desempenho sobre o lucro desses investidores, caso o retorno sobre o investimento seja positivo.
Plano de crescimento
A startup que teve suas primeiras provas de conceito em 2019, começou em 2020 sua operação em um mercado ainda pouco explorado e que está proporcionando bons resultados às empresas.
Ainda em 2020, a Beaver passou por um programa de aceleração e conseguiu fazer o processamento de 2.500 documentos, alcançando o faturamento de R$100 mil. Em 7 meses de operação neste ano, a empresa se aproximou do faturamento do ano passado e quadruplicou a quantidade de documentos processados.
Para continuar crescendo, a startup pretende realizar o aprimoramento de soluções para os clientes atuais, além de fazer a captação de clientes nos mercados em que já atuam e buscar novos parceiros em novos mercados.
Uso dos recursos
A captação será fundamental para melhorar a assertividade dos modelos de tecnologia atuais, além da usabilidade da plataforma. Para isso, a startup irá reforçar os times de produto e tecnologia. Além disso, parte do investimento será utilizado para constituir a máquina de vendas.
Alessandro Allodi, ainda reforça que o investimento será fundamental para o desenvolvimento de novos produtos, “Estamos desenvolvendo novos módulos e ferramentas, em mercados muito maiores. Os recursos serão fundamentais para o processo de discovery, desenvolvimento e a expansão desses novos produtos”, afirma Allodi.
Do valor captado, 63% será utilizado no time de tecnologia e no desenvolvimento de produtos. Outros 14% serão destinados a custos de operação e manutenção da plataforma, 11% será destinado a growth e o restante será utilizado para estrutura, partes administrativas, entre outros.
* Foto de destaque: Rogerio Bromfman e Alessandro Allodi, fundadores da Beaver. (Crédito: Divulgação).
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