A Frizata, foodtech flexitariana com modelo vertical de negócio (DNVB) que surge para desafiar o status quo dos produtos congelados, recebeu uma rodada de investimento de R$ 25 milhões liderada pela SP Ventures, fundo brasileiro de venture capital, líder em agri-foodtech na América Latina.
Também participaram da rodada investidores como Marcos Galperin (cofundador e atual CEO do Mercado Livre), Jaime Soler Bottinelli (ex CEO global da Cencosud), Gonzalo Ramirez Martiarena (ex CEO global Louis Dreyfus, CEO Swiss Pampa e investidor em alimentos sustentáveis), Glocal e Norte Ventures, primeiro clube de investidores formado por empreendedores brasileiros, composto por nomes atrás de startups como Gympass, Brex, iFood, Movile, Mercado Livre e MaxMilhas. No país, a operação iniciou na Grande São Paulo, sob a liderança de Henrique Zanuzzo.
“Nascemos para hackear a cadeia de alimentos congelados, que se mantém igual nos últimos 50 anos. Essa é uma realidade não só no Brasil, mas no mundo. Existe uma dominância de empresas com modelos de distribuição que não se renovam e que, juntas aos supermercados, acabam ditando as opções de produtos disponíveis para o consumidor. Chegamos para mudar esse jogo e fazer os produtos que as pessoas querem comer, não os produtos que os mercados querem vender”, afirma Zanuzzo.
Além da Grande SP, a marca também está presente em três metrópoles da Argentina e em Santiago do Chile e em setembro desembarca em San Francisco, nos Estados Unidos. Com esse investimento, os fundadores, Adolfo Rouillon e José Robledo, que pertencem à comunidade Endeavor, dão o primeiro passo para materializar a visão de levar a Revolução Frizata para diferentes cidades do mundo.
“Estamos construindo uma plataforma global para aproximar uma nova geração de alimentos inovadores a milhões de consumidores que estão repensando a forma em que se alimentam todos os dias, com uma experiência simples, preços acessíveis e cuidados com o meio ambiente. Nosso propósito é criar melhores alimentos para mais pessoas, simples assim”, ressalta Adolfo Rouillon, cofundador & CEO da Frizata.
Na mesa dos consumidores, sem intermediários
Primeira foodtech flexitariana — que incentiva a diminuição do consumo de produtos de origem animal, com o aumento da ingestão de vegetais preparados de forma saudável —, de alimentos congelados on demand da América Latina, a Frizata foi lançada em Rosário, Argentina, em 2019 e conta com mais de 200 colaboradores em todas as cidades em que está presente.
Toda essa proposta se materializa graças ao seu inovador modelo de negócios (conhecido como DNVB – digitally native vertical brand). A marca é responsável pelo desenvolvimento dos produtos, produção, comercialização (feita exclusivamente por sua plataforma) e entrega, garantindo ao consumidor uma experiência completa com a marca. Outra vantagem deste modelo é a desintermediação do varejo, o que permite um contato direto com o consumidor e a redução de alguns custos, que são direcionados para um upgrade na qualidade dos produtos e desenvolvimento de novos itens.
“Ficamos muito impressionados com a visão que os fundadores têm para a Frizata no longo prazo, assim como a proposta de valor aos consumidores finais. O fornecimento de alimentos congelados de alta qualidade, desafiando os canais de distribuição tradicionais com um modelo D2C, nos pareceu uma proposta de valor convincente. Porém, a adição do componente de acessibilidade de preços e diversidade de portfólio à equação foi o ingrediente final para chegarmos a essa conclusão”, afirma Alexandre Stephan, sócio da SP Ventures.
Digitalizando o freezer dos brasileiros
Com cobertura inicial nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Barueri e Osasco, o público pode contar com mais de 50 produtos nas categorias de frutas, vegetais, veggies, aperitivos, batatas, pizzas e empanadas no portfólio, muito deles sem similares nos mercados. “Os produtos únicos são desenvolvidos em cocriação com os consumidores, estamos constantemente interagindo com nossos clientes para receber opiniões e sugestões em relação a novos produtos”, comenta Zanuzzo.
Complementando o portfólio, um dos destaques de inovação, e exclusividade da marca, foi o desenvolvimento da categoria meat free, que conta com um dos maiores portfólios flexitarianos da América Latina e é composta por sete produtos sem carnes que recriam a maneira de alimentação sem esse tipo de proteína, promovendo o equilíbrio nutricional e da saúde. Essas opções respondem ao crescimento do consumo flexitariano no país, composto por uma dieta com maior consumo de alimentos vegetais e menos proteína animal.
Foto de destaque: Adolfo Rouillon e José Robledo, cofundadores da Frizata. (Crédito: divulgação).
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