A Sirius, escola de formação em tecnologia é o novo projeto de Felipe Matos, profissional referência do ecossistema de startups no País e atual presidente da Associação Brasileira de Startups. A startup pretende formar milhares de profissionais em Ciência de Dados, Programação e Gestão de Produtos Digitais nos próximos anos, tendo como diferencial a forte aproximação com empresas empregadoras
A aceleração dos processos de transformação digital, trazida pela pandemia, assim como crescimento recorde de investimentos em startups, vêm aumentando fortemente a demanda por profissionais qualificados no setor. A falta dessa mão de obra está provocando um apagão de talentos qualificados em tecnologia. Segundo dados da consultoria McKinsey, haverá 1 milhão de vagas não preenchidas nessa área no Brasil até 2030. Ao mesmo tempo, o país não forma pessoas qualificadas na quantidade e qualidade demandadas pelo mercado.
Pensando nesse problema, Felipe Matos se juntou aos cofundadores Rafaela Herrera, Fernando Americano e Arnobio Morelix para criar a Sirius, uma escola de tecnologia voltada para a formação de profissionais na área, tendo como diferencial uma forte aproximação com empresas empregadoras.
Matos vivenciou esse problema na pele, convivendo com milhares de startups nos últimos anos, em suas passagens por fundos de investimento, pela aceleradora Startup Farm e pelo programa governamental Start-Up Brasil e é considerado referência em empreendedorismo tecnológico no país.
“Contratar em tecnologia vem se tornando cada vez mais difícil, especialmente depois da pandemia, já que empresas estrangeiras também passaram a assediar profissionais do Brasil para trabalhar remotamente”, comenta. “Ao mesmo tempo, vivemos num país com a realidade social do Brasil, que enfrenta uma crise econômica e têm um enorme contingente de desempregados. Queremos com a Sirius juntar esses dois mundos, preenchendo essas vagas através da qualificação dessas pessoas, o que também traz um enorme impacto social para nossas formações”, completa.
Segundo Matos, a Sirius está encerrando em agosto uma captação de R$ 5 milhões em investimentos para iniciar suas operações, inicialmente em formato on-line e posteriormente, em modelo híbrido, com polos físicos em São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis.
Participaram da rodada investidores como Garan Ventures, Rafael Assunção, Camila Farani, bem como empreendedores fundadores de startups, como Rodrigo Cartacho (Sympla), João Selarin (TotalVoice / Zenvia) e Gustavo do Valle (Decorado). O grupo de investidores traz ainda executivos de empresas do Vale do Silício, como Twitter, Zoom, Zendesk e Intercom.
A sede da Sirius será em Belo Horizonte, em parceria com o Órbi, hub de inovação da capital mineira. A escola investiu em infra-estrutura, como estúdio próprio de gravação junto ao espaço. No futuro, a Sirius pretende expandir seus polos para as principais cidades brasileiras.
A Sirius concentrará suas formações em programas de micro-certificação de 6 meses, com trilhas nas áreas de Ciências de Dados e Inteligência Artificial, Desenvolvimento de Aplicações para Internet e Gestão de Produtos Digitais. Matos afirma que os principais diferenciais dos cursos estão na metodologia de formação e na proximidade com empresas empregadoras. “Todo processo de aprendizado é prático, baseado no desenvolvimento de projetos reais, desenvolvidos em parceria com empresas empregadoras. Mesclamos conteúdo de alta qualidade com peer learning – em que estudantes aprendem uns com os outros, com oficinas e mentorias individualizadas. Dentre nossos professores e mentores, temos profissionais que trabalham como gestores e C-Leves de startups e grandes empresas de tecnologia, como Nubank e iFood, além de pesquisadores com passagens por Berkeley e Stanford”, informa. “Também temos a presença de empresas empregadoras em todas as etapas do processo, da seleção, aos desafios reais do curso, passando pela possibilidade de contratação”, complementa.
Foto de destaque: Felipe Matos, fundador da Sirius.
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