Mais um fim de semana chegando e com ele, um episódio fresquinho de “O Anjo Investidor” para comentarmos aqui no Startupi. Comandado por João Kepler, um dos investidores mais ativos do Brasil, a segunda temporada chega em seu décimo episódio com muito conteúdo, além de mentorias exclusivas de grandes profissionais do ramo de startups.
Na semana passada, você conheceu a Netfoods, plataforma que conecta indústrias, produtores rurais e distribuidores a operadores de food service. Os responsáveis pela empresa receberam os conselhos de Tiago Brunet, escritor best-seller, peça essencial no processo de captação do aporte.
No episódio desta semana, você vai conhecer a Piraporiando, edtech focada em educação para diversidade a partir do incentivo da leitura. Atualmente, de acordo com a StartupBase, base de dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), 798 empresas atendem a este segmento no Brasil. As atividades da empresa são focadas em três eixos: educação anti-racista, educação anti-bullying e educação anti-preconceito com base no afeto.
“A partir das obras literárias, o programa nasce tanto focado em educadores como professores e também nas crianças. O programa tem uma formação para esses educadores e também atividades que unem o currículo base da escola junto com as temáticas da diversidade”, explica Janine Rodrigues, fundadora da Piraporiando.
Segundo ela, o propósito principal da edtech é apresentar para a sociedade que quanto mais a diversidade for valorizada, seja ela estética ou familiar, por exemplo, menor será a probabilidade de se desenvolver algum tipo de preconceito. “Em geral, o preconceito, a discriminação, nasce de uma ideia extremamente perversa de que uma cultura ou uma determinada estética é mais importante do que outra. Então, quanto maior for o nosso olhar, a nossa perspectiva para a diversidade, dificilmente a gente vai ter isso. E na educação isso é muito importante. A diversidade não depende de opinião, ela está posta, está no nosso dia a dia, em tudo o que a gente faz. Então nosso propósito é passar isso de maneira verdadeira, direta e com muito afeto”, conta.
Conheça um pouco mais da startup no vídeo abaixo!
Mentoria de anjo
Rodrigo Fernandes, consultor com experiência de 17 anos nas áreas de marketing, comunicação e sustentabilidade em empresas de grande porte, foi o mentor da semana no programa. Ele chamou a atenção para as narrativas relacionadas ao povo negro que entraram em discussão de forma mais acentuada recentemente, ressaltando a importância delas para o futuro.
“O que é importante dizer para vocês é que o jovem negro ou negra hoje, ele tem um contexto racial, porque os nossos ancestrais, outras pessoas que vieram atrás de mim, trouxeram narrativas muito importantes para quem eu sou hoje, para o jovem que é hoje”, disse. Ele também sugeriu conhecer as produções realizadas por pessoas negras. “Eu peço para vocês darem um Google e entenderem sobre quem é que fala sobre a população negra. Então nós temos Conceição Evaristo, Sueli Carneiro, Bianca Santana, nós temos várias escritoras brasileiras que falam sobre o movimento negro”.
Fernandes também destacou a relevância de colocar em debate temas relevantes para o cotidiano como o afrofuturismo. Além disso, reforçou que as empresas devem ampliar ainda mais as oportunidades para este público em questão.
“Aprenda a dar as oportunidades, não só porque aquele povo socialmente, intelectualmente ou de uma maneira injusta, prevaleceu dentro do nosso país, mas queira dar uma oportunidade para um jovem negro e negra empoderado, aquele que estudou, que refletiu sobre as circunstâncias. Queira dar resultados dentro da sua empresa para pessoas diversas, como pessoas, não só na questão étnico-racial, mas na questão de fala, de escuta e de mobilidade. É assim que nós vamos construir uma sociedade mais justa, economicamente viável e socialmente justa”.
Confira abaixo o vídeo com a mentoria completa.
Janine ainda falou sobre a expectativa em participar do programa, reforçando que deseja construir uma parceria que está para além das questões financeiras. “Eu acho que dinheiro é uma coisa muito importante, mas eu acredito que um dos maiores desafios para uma startup é de se estruturar de uma maneira sólida e estar preparado para crescer, porque às vezes a gente quer crescer e o crescimento vem no momento que a gente não está preparado. A gente quer ter uma boa estrutura, quer saber como montar uma boa equipe, como que a gente pode ter uma linguagem que vai abranger mais escolas, que é o nosso principal foco. Então eu espero essa experiência e essa maturidade que a gente precisa muito”, disse.
Quer saber se a Piraporiando vai conseguir o tão sonhado aporte? Confira o vídeo abaixo!