* Por Diego Martins
Você chama um carro para ir ao trabalho, faz uma transferência bancária enquanto viaja, pede comida para o almoço e termina o dia comprando passagens aéreas para o fim de semana. Em apenas 24 horas você fez várias transações online e, em todas elas, precisou provar a sua identidade.
Praticidade e segurança são palavras-chave para empresas que querem oferecer ao consumidor a melhor experiência em um ambiente virtual. Por trás delas, porém, estão as IDtechs, que validam as transações online de forma simples e rápida.
Diferentemente de uma fintech ou regtech, uma IDtech cria produtos para simplificar as relações entre pessoas e empresas por meio da identidade digital, garantindo a transparência e a segurança nas transações e devolvendo o controle dos dados aos usuários.
Para validar as informações, são utilizadas tecnologias como Inteligência Artificial, biometria, Big Data e Machine Learning. Dessa forma, há segurança tanto para o usuário, que comprova que é o verdadeiro detentor da identidade, como para as empresas, que têm mais propriedade para aprovar uma transação ou uma contratação.
As IDtechs oferecem produtos como reconhecimento facial, admissão digital e assinatura eletrônica que, entre outras coisas, desburocratizam processos de contratação e facilitam experiências de compra e concessões de crédito. Bancos, varejistas, fintechs, e-commerces, telecoms, todos se beneficiam da ação das IDtechs.
Por que falar de proteção de dados?
De acordo com o Relatório Global de Fraude e Risco feito pela Kroll em 2019, o roubo de dados é considerado o principal risco para os empresários brasileiros. Enquanto aqui a prioridade é apontada por 84% deles, a média global é de 76%.
No Brasil, uma das transações que mais demandam a identificação de riscos é a de concessão de crédito. Com a tecnologia de reconhecimento facial, que autentica as informações dos consumidores, a Acesso Digital, por exemplo, detectou mais de 126 mil transações suspeitas em 2019, uma alta de 145% em relação a 2018.
É de extrema importância que as IDtechs estejam em conformidade com as legislações internacionais, como a General Data Protection Regulation (GDPR), e nacionais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
São inúmeros os benefícios que o mundo virtual traz para consumidores e empresas. É papel das IDtechs tornar essas relações mais duradouras e seguras.
* Diego Martins, CEO e fundador da Acesso Digital e parceiro do MIT Sloan Managment Review Brasil.