De acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil terminou o primeiro trimestre deste ano com uma taxa de desemprego de 12,2%. Isso significa que existem hoje, no país, cerca de 12,8 milhões de pessoas sem trabalho.
Esse número se agrava com a pandemia do novo coronavírus, já que muitas empresas tiveram que reduzir suas equipes. Assim, grandes profissionais, sobretudo da área de tecnologia, ficaram disponíveis novamente para o mercado de trabalho.
Pensando nisso, a ez.devs, empresa especializada em desenvolver aplicativos, sistemas e websites para startups, criou uma solução para ajudar essas pessoas que perderam seus empregos. Por meio de uma plataforma na internet chamada “ez.heroes”, o time de RH da organização conecta profissionais da área de tecnologia com recrutadores do ramo que estão procurando novos rostos para seus times, mesmo durante a pandemia.
“Desde quando começou o covid-19 a gente pensou: como podemos ajudar a conter essa crise? Não temos nenhum conhecimento da área de saúde, nunca fizemos projetos de healthtech. A gente vai ter que ajudar com negócios ou tecnologia, que é o que a gente sabe fazer”, afirma Gabriel Malinosqui, CEO da empresa.
Ao entrar no site, disponível neste link, o candidato se cadastra e cria um perfil público dentro do sistema, inserindo um breve currículo com suas principais atribuições profissionais:
Em seguida, insere suas principais habilidades com recursos tecnológicos, de acordo com o nível de facilidade em cada uma delas. Os programas já estarão disponíveis para serem selecionados:
Com o processo finalizado, a empresa passa, portanto, a recomendar os candidatos de acordo com o que as empresas precisam. A plataforma começou a funcionar na última quinta-feira (30) e já possui cerca de 50 profissionais cadastrados.
Gabriel acredita que a média de alocação de um profissional no mercado, que antes da pandemia era de 45 a 50 dias, caia para até duas semanas. “Felizmente já conseguimos recolocar algumas pessoas e agora estamos expandindo, mas já tem empresa procurando profissional que ainda não está na nossa plataforma”.
O CEO destaca que o objetivo do site também é mapear os profissionais disponíveis no mercado de forma a criar um banco de talentos para a empresa. “Se a gente tiver isso mais mapeado, vamos ter um banco melhor até para coisas futuras que podem acontecer. Isso ainda está em aberto”. Ele ressalta que a iniciativa não possui fins lucrativos. “No fim disso, a gente vai ser beneficiado porque vai ter mais gente no mercado, a crise vai ser menor e isso vai ser melhor para todo mundo, inclusive para a gente”, afirma.
Ele fala do sentimento de gratidão em oferecer esse serviço e lembra de quando também precisou de um auxílio para fundar a startup. “A ez é uma empresa bem recente e a gente já cresceu bastante. Eu peguei muito atalho, dando a cara a tapa e perguntando para as pessoas, pedindo ajuda para outros empresários, concorrentes nossos da época que sempre me ajudaram muito. Eu me sinto na obrigação de fazer isso. O mercado de tecnologia sempre foi muito generoso comigo, eu sempre fui muito privilegiado nesse ponto. Muita gente me ajudou no início da ez.devs”.
Assim como o lema do projeto, #JuntosSomosMaisFortes, Malinosqui acredita que esse o momento de todos se unirem e ajudar uns aos outros. “Essa é a hora de nós entendermos que devemos ser muito mais colaborativos do que a gente estava acostumado. Acho que o mundo já vem se tornando colaborativo a um tempo, eu acredito muito nisso, sempre acreditei. Agora a gente tem que entender que é importante todo mundo ajudar”, finaliza.