Já existem tantas formas de aprender programação gratuitamente na internet, que qualquer um com disponibilidade e interesse pode iniciar muito bem seus aprendizados. No entanto, poucos destes serviços apostam no conceito de gamefication como a CheckIO.
A startup ucraniana criou um game muito interessante que ensina os usuários a programarem em Python ao mesmo tempo em que se divertem. Alguns dos códigos ainda podem ser analisados por Guido van Rossum, criador da linguagem, e conselheiro da empresa.
A plataforma conta com a colaboração de seus usuários de três diferentes maneiras. A primeira, permite que qualquer um crie um puzzle de código e sugira à CheckIO via GitHub. Além disso, vários usuários estão ajudando o serviço ser traduzido – nos últimos dois meses, eles ajudaram a plataforma ficar disponível em 10 idiomas. E, por fim, as pessoas podem deixar dicas umas às outras para se ajudarem na hora de resolver problemas específicos.
Eles já têm 40 mil usuários, uma boa parte deles japoneses. Em novembro do ano passado, conquistaram US$ 750 mil em investimentos. Mas, segundo reportagem do The Next Web, a vida da startup nem sempre foi fácil.
A ideia veio de Alex Lyabakh, CTO da CheckIO, em 2011, quando resolveu chamar Liza Avramenko para ser CEO. Quando eles apresentaram a ideia em uma competição de startups no ano seguinte, foi um fracasso total e quase ninguém prestou atenção a eles.
Depois do mal começo, receberam um convite da TechStars, uma das principais aceleradoras do mundo. Liza mal sabia do que se tratava e, por pouco, não tratou o e-mail como um spam. Então eles foram para Boston serem acelerados, aprenderam um monte e começaram a se destacar e criar uma comunidade de desenvolvedores.
Por ser uma mulher na Ucrânia, Liza diz que sentiu dificuldades em conseguir investidores. Mas, depois de muito procurar, conseguiu os US$ 750 mil e se mudou com a equipe para Las Vegas.
Eles dizem que pretendem monetizar permitindo que possíveis recrutadores vejam o perfil de desenvolvedor do candidato. Também pensam em criar um modelo que chamam de “hackathon permanente”, além de permitir algumas compras dentro do game.