Hoje na conferência DLD na Alemanha, Jan Koum, CEO do WhatsApp, anunciou grandes novidades sobre como o aplicativo de mensagens planeja evoluir para a próxima fase que se aproxima de 1 bilhão de usuários. Segundo informações do Tech Crunch, a empresa pretende abandonar a taxa de $ 0,99 de assinatura anual e começar a testar serviços mais comerciais, ou seja, o WhatsApp está procurando maneiras de lançar contas de negócios para as empresas, mas especificamente B2C, se comunicarem com seus clientes.
A taxa que costumava deixar de existir depois de um ano de uso do aplicativo será descartada em favor de receitas alternativas, mas isso não vai incluir anúncios, afirmou Koum. “Nós não escrevemos uma única linha de código, (mas queremos) garantir que as pessoas entendam que isto não é sobre anúncios dentro do produto”, disse ele.
Se você se lembra, quando o Facebook adquiriu o WhatsApp por US $ 19 bilhões há alguns anos atrás, ambas as empresas foram inequívocas sobre a colocação de anúncios no WhatsApp e no compartilhamento de dados dos usuários com entidades comerciais.
Segundo Koum, o novo serviço comercial seria uma forma de teste para este ano. “A partir deste ano, vamos testar ferramentas que permitem que você use o WhatsApp para se comunicar com as empresas e organizações que você deseja saber sobre”, disse Koum. Ele nomeou Bank of America e American Airlines como duas empresas possíveis que estariam trabalhando com oWhatsApp. Parece que existem cerca de 10-30 empresas já em contato com o WhatsApp a respeito do novo serviço.
“Queremos construir coisas utilitaristas, que permitam que uma empresa como American Airlines ou Bank of America se comuniquem de forma eficiente através de um aplicativo de mensagens como WhatsApp”, disse Koum.
Durante a conferência também foi abordado como o Facebook Messenger e o WhatsApp são diferentes um do outro. Na verdade, o Messenger, que tem cerca de 800 milhões de usuários, também está trabalhando em como construir serviços com as empresas. “Eu acredito que existe uma questão de divisão geográfica, por exemplo, o WhatsApp é particularmente forte nos mercados em desenvolvimento e na Europa. Trata-se também da experiência do usuário” afirmou Koum. Ele não foi questionado sobre o fato de que o Messenger também está construindo ferramentas de negócios, bem como o seu próprio serviço de mensagens via intranet Facebook at Work.
E o Whatsapp e o Messenger não são os únicos tentando descobrir maneiras de alavancar serviços de mensagens para construir as operações comerciais de outras maneiras. O Twitter tem trabalhado com um grande número de empresas que buscam maneiras de construir ferramentas de CRM que podem iniciar interações públicas com os usuários levando às conversas ao canal DM, direct message, para vincular -se ao cliente e à contas do Twitter para atendê-los de forma mais eficiente.
Em muitos casos, as ferramentas que empresas como Facebook e Twitter estão tentando construir são extensões naturais e óbvios de como as plataformas já são utilizadas como formas de manter as pessoas mais intimamente ligadas às suas plataformas e, possivelmente, gerar um número maior de receita.
Em termos de outros novos produtos do WhatsApp, a empresa também está trabalhando para adicionar mais encryption (criptografia), forma de transmitir dados codificados para fins de segurança, fazendo o uso de chaves públicas e privadas de segurança para dificultar a ação de invasores de redes.
“Estamos fazendo isso sem que as pessoas percebam que isso está acontecendo. Ainda estamos alguns meses de distância de termos todas as suas mensagem criptografadas, mas esse é o nosso objetivo” contou Koum.
Só não ficou claro se o WhatsApp planeja cobrar por serviços extras, como criptografia especial como parte de sua nova estratégia de receita.