Não é nada inédito, mas gostei da ideia do pessoal da Web Scientia, que desenvolve soluções para ajudar estudantes a passar no vestibular e no Enem. O produto deles funciona assim: Todo o conteúdo que ajuda os alunos está de graça na internet, para que todos tenham a chance, e quem quiser comodidade paga para receber o conteúdo organizado.
“A gente tem parceria com colégios e vende os materiais que fornecemos de graça no site. Quem quiser, pode comprar todas as listas organizadas em um pen drive, para não ter que baixar um por um”, explica Julio Sousa, que fundou a startup em 2012, ao lado de dois engenheiros do ITA, José Adenaldo Bittencourt e Rafael Prudente Mamare.
Atualmente, a Web Scientia tem quatro produtos no ar: Passe Adiante (para doação de livros usados, ainda em fase de validação), Projeto Medicina (para quem quer cursar medicina), Rumo ao ITA (para quem quer fazer ITA, mas não consegue arcar com um curso específico) e Futuro Militar (para quem se prepara para processos seletivos de instituições militares). “Há sete anos, nós criamos o Rumo ao ITA e um produto foi puxando o lançamento do outro”, conta Julio.
A ideia, diz ele, é democratizar o acesso a conteúdo. “Conversando com os nossos usuários, vimos que os maiores problemas de quem quer passar no vestibular são ‘onde estudar?’ e ‘como estudar?’. Muita gente não tem material didático e os nossos projetos que estão no ar hoje resolvem o primeiro dos problemas”, conta Julio. A solução do segundo problema representa o futuro da startup.
“Estamos desenvolvendo o sistema Zeus, que vai fazer relatórios e análises da proficiência do aluno, para que ele saiba como está seu desempenho em cada matéria. A partir disso, nós também vamos gerar um plano de estudos para os estudantes”, diz o cofundador. Segundo ele, o banco de questões para a análise do rendimento será gratuito e só terão que pagar os estudantes que quiserem o plano de estudos pronto.
Esse cunho social e educacional rendeu à Web Scientia uma participação no projeto Visão de Sucesso, da Endeavor, que estimula negócios que tenham “alto impacto na base da pirâmide”. “Estamos fazendo o curso de capacitação de empreendedores e teremos acesso à rede de mentores deles”, conta Julio.
Criada com investimento próprio dos sócios, a startup fica dentro da incubadora da UFG.
Foto: Ethnocentrics