A Wayra, aceleradora ligada ao grupo Telefónica, prevê outras duas convocatórias de startups para seu programa de aceleração ainda em 2013 —o último processo de seleção foi finalizado ainda em janeiro.
Segundo Carlos Pessoa Filho, diretor-geral da Wayra no Brasil, a estimativa é que as duas outras convocatórias sejam em abril e agosto. Como a aceleradora é global, os empreendedores brasileiros poderão se inscrever para participar do programa nas 12 sedes da aceleradora em todo o mundo.
O processo de aceleração dura até dez meses e o investimento feito pela Wayra é de R$ 100 mil. Além disso, os participantes recebem mentoria e podem fazer contatos com possíveis clientes, por meio da intermediação da equipe da Wayra. “Os empreendedores têm acesso aos executivos da Telefónica, que podem ajudar no negócio”, completou Daniel Cardoso, diretor-executivo de estratégia em novos negócios da Telefónica. Daniel acaba de receber a incumbência de cuidar da Wayra ao lado de Carlos.
“A gente abre contatos estratégicos, mas é o empreendedor que vai atrás”, disse Carlos. Ele conta que as empresas participantes da aceleração estão em diversos estágios, com pessoas que estão começando a desenvolver a ideia e quem já tem algo mais estabelecido. Apesar disso, as startups inscritas têm que ter menos de dois anos, além de lidar com negócios digitais e ter uma “escalabilidade absurda”. Segundo Daniel, o negócio das startups não precisa estar ligado ao da Telefónica para ser aceito.
Durante a Campus Party, a aceleradora também divulgou alguns de seus números. Em todo o mundo, a Wayra acelera, atualmente, 170 startups e, em 20 meses do programa em prática, foram recebidos 14 mil projetos para avaliação. No Brasil, são 16 startups em aceleração no escritório em São Paulo.
“Só de financiamento direto, foram mais de 7 milhões de euros investidos pela Wayra em 2012, o que é, mais ou menos, equivalente ao que elas receberam de investidores de fora”, disse Cardoso.
Um dos destaques da Wayra também é a possibilidade de intercâmbio dos empreendedores entre os escritórios da aceleradora. “A OvermediaCast, por exemplo, escolheu fazer três meses em Londres e o resto do tempo aqui em São Paulo”, explica Carlos.
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