* Por Valéria Vicenti
Adoro tecnologia, toda essa modernidade, essa futurologia que nos rodeia, mas na mesma intensidade adoro os clientes, principalmente, porque como o diz o famoso ditado, “são eles que pagam nosso salário”. A tecnologia do mesmo modo que nos favorece, nos encanta, agiliza e facilita nosso trabalho, também nos assombra, e acreditem, em qualquer lugar do mundo. Discursos fervorosos de grandes influenciadores e estudiosos ressaltam a importância do atendimento ser cada vez mais personalizado, nos dedicarmos de coração a persona que está na nossa frente.
Olhos nos olhos, coração e dedicação para identificarmos antecipadamente todas as suas necessidades e, assim, superar suas expectativas, conquistando sua fidelidade. Mas um vilão atrapalha, sem pedir licença: a telinha do celular.
Nossas rotinas, funcionários, produtividade, presença em eventos e reuniões estão comprometidas pela atenção dividida entre uma ação e aquela “bisbilhotadinha” na tela do celular, com a impressão única: algo vai acontecer e vou perder se por alguns segundos tirar o olhar dela.
É hora de parar! É hora de equilíbrio buscar, começando por nós. Pois como pediremos disciplina, atenção às rotinas e procedimentos, às tarefas e reuniões do dia, a dedicação exemplar ao nosso cliente, se somos nós os primeiros a pisar na bola e não largar da telinha do celular?
Fácil? Não será, mas podemos definir algumas oportunidades. Podemos iniciar uma cartilha de boas práticas para que possamos alinhar as nossas atitudes às da nossa equipe. Vamos tentar?
– Manter o celular fora do alcance dos olhos;
– Manter o celular no silencioso;
– Desativar os alertas de notificações dos aplicativos;
– Não abrir mensagens de áudio ou vídeo recebidas;
– Definir, se sentir a necessidade, horários adequados para uso, uma pausa para o uso;
– Evitar levar o celular para reuniões ou áreas de atendimento à clientes.
Todas essas propostas podem ser introduzidas após um bate-papo aberto junto à equipe, um bate-papo que pode ter como ferramenta o Jogo da Empatia. Conhece? Simples, fácil, o Jogo da Vida Real: não faça com os outros o que não deseja que façam com você.
Reúna a equipe e simule as reclamações mais comuns dos clientes sobre esse assunto, sobre se sentirem “fantasmas” no ato do atendimento. Utilize dos formatos de jogos corporativos, que transformam situações a serem aprimoradas em teatro, em cenas da vida real, com a respectiva reflexão final: como você se sentiu? O que pode fazer para que esse fato não se repita na vida real? Assim, teremos a oportunidade de termos o comprometimento dos envolvidos na formação da nossa cartilha, no descritivo de um acordo firmado e acordo entre todos.
Que tal? Curtiu? Vamos iniciar um processo em conjunto, um desafio de todos para todos, uma vitória para os indicadores do nosso negócio, e para o nosso cliente.
Abraço enorme de grande! Sucesso Sempre! #JuntosSomosMaisFortes, muito mais criativas, imbatíveis.
* Valéria Vicenti, é engenheira e possui mais de 20 anos de experiência executiva em gestão de pessoas e processo. Entusiasta por empreendedorismo e pela disseminação do conhecimento.