Dados da Agger, empresa parceira de corretores e maior plataforma de gestão e cotações de seguros do Brasil, mostram um aumento de mais de 700% na procura por seguros para carros elétricos entre abril de 2023 e abril de 2024. Somente em abril deste ano, foram realizadas mais de 82 mil cotações para automóveis dessa categoria. De janeiro a abril de 2024, já foram cotados mais de 261 mil seguros.
Esses números estão alinhados com as previsões da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que indicou um crescimento de 61% na venda de carros eletrificados em 2024. De janeiro a abril deste ano, foram emplacados mais de 20 mil automóveis elétricos.
Foco dos consumidores em carros elétricos
Gabriel Ronacher, CEO da Agger, explica que a mudança no comportamento dos consumidores, mais atentos às questões sustentáveis, tem levado ao aumento na adoção de veículos elétricos e, consequentemente, à necessidade de seguros específicos para esse tipo de veículo. “As seguradoras estão se adaptando a esse cenário e desenvolvendo produtos que atendam às necessidades dos proprietários de veículos elétricos, como cobertura para baterias e recarga, além de considerar as características técnicas desses veículos na precificação dos seguros”, diz.
Apesar dos automóveis elétricos terem um valor de compra e manutenção acima da média, isso não implica necessariamente em um seguro mais caro em comparação aos veículos convencionais. Cada seguradora avalia individualmente o modelo e suas características para determinar o valor do seguro, seguindo critérios similares aos usados para carros à combustão.
O perfil dos consumidores que buscam seguros para carros elétricos está mudando. A idade média dos clientes caiu de 50 anos em abril de 2023 para 45 anos em abril de 2024. São Paulo é o estado com o maior número de cotações para carros elétricos.
Ronacher conclui que os carros elétricos estão revolucionando a indústria automotiva e o mercado de seguros. “Com tecnologia avançada e menor impacto ambiental, eles trazem novos desafios e oportunidades para as seguradoras, exigindo políticas flexíveis e abrangentes que acompanhem essa evolução”, completa.
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