A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Stratasys, ampliou o uso de impressão 3D no treinamento de alunos em pesquisa. Com essa tecnologia, o laboratório da USP reproduz diversos órgãos de animais, que possibilitam ensinar e treinar os profissionais de saúde, reduzindo a necessidade de material biológico.
“A impressão de órgãos e tecidos de animais permite ao laboratório não só ensinar anatomia aos alunos, como visualizar o que pode ser uma anormalidade. Também é muito importante para realizar o planejamento cirúrgico, fazendo a simulação antecipada da anatomia animal, de forma similar às características dos órgãos reais”, conta o Professor Doutor Antônio Assis, um dos coordenadores do projeto.
A manufatura aditiva da impressão 3D permite criar e reproduzir estruturas delicadas, como vasos sanguíneos, ligamentos, articulações e nervos, que são fundamentais para um planejamento cirúrgico. Inclusive, devido aos diversos materiais utilizados e à biblioteca digital disponível, a impressora pode reproduzir com precisão diferentes tecidos orgânicos para simular tecidos adiposos, fibróticos, órgãos moles e tumores
Um importante diferencial da impressora é que ela utiliza uma gama de materiais que reproduzem não só a geometria das estruturas anatômicas, mas também a cor e a textura dos órgãos que estão sendo reproduzidos.
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Impressão 3D permite mais precisão no ensino da anatomia animal dentro da USP
Como o profissional deve ser capaz de reconhecer cada uma delas, contar com peças anatômicas impressas em 3D que reproduzem estruturas importantes ou ainda a patologia que se deseja tratar representa um diferencial no processo de ensino-aprendizagem. “Imagens de tomografias e de ultrassom também podem ser utilizadas para ajudar a imprimir o modelo físico para uso no planejamento cirúrgico, o que transforma a impressão 3D em uma poderosa e inovadora ferramenta dentro do ensino médico”, comenta o professor da USP.
“A manufatura aditiva se tornou uma ferramenta muito poderosa e inovadora dentro do ensino da Medicina Veterinária. Ela pode auxiliar na formação de profissionais mais habilidosos e capacitados, reduzir a dependência do uso de cadáveres em sala de aula, além de ser uma resposta à demanda da sociedade que se preocupa com uso excessivo de animais vivos nas atividades de ensino e pesquisa”, afirma o professor Antonio Assis.
Atualmente, cerca de 240 graduandos já têm acesso a modelos anatômicos impressos pela J750 DAP, incluindo modelos dos sistemas respiratório, cardiovascular, digestivo e trato urogenital de animais como cão, gato, bovino e equino, além do desenvolvimento de modelos para o treinamento de acessos venosos, intubação e sondagem de animais.
A impressão 3D também está sendo utilizada no desenvolvimento de vários projetos de pesquisa e difusão do conhecimento na Faculdade de Medicina Veterinária da USP, de iniciação científica ao doutorado. No âmbito pedagógico, uma tese de doutorado está sendo desenvolvida para validar as hipóteses de aprendizado apoiadas pela impressão 3D no ensino da Medicina Veterinária.
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