A Ulend, fintech que dá acesso à capital para médias empresas, encerra o ano com um aporte de mais R$ 40 milhões da gestora Sollis Investimentos em seu FIDC. No total, a empresa soma captação extra de R$ 120 milhões em 2022 e um aumento de receita de 300% e segue com a ambição de ser a principal plataforma de crédito privado do país.
Deste valor, R$ 115 milhões são recursos destinados a funding para financiamento das operações de crédito, e R$ 5 milhões são destinados a caixa, provenientes de dois aportes em equity realizados pelos atuais sócios investidores da empresa, um no primeiro e outro no segundo semestre.
“Nosso modelo de crédito usa a combinação da experiência humana e análise de dados para tomar decisões, e a inteligência artificial ajuda a processar e analisar grandes quantidades de dados com mais rapidez e precisão. Não temos visto modelos de crédito baseados 100% em inteligência artificial conseguindo substituir totalmente essa experiência e mantendo nossos baixos patamares de inadimplência”, explica Gabriel Nascimento, cofundador da Ulend.
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Além dos aportes recorde deste ano, Ulend e Sollis firmaram acordo para mais R$ 200 milhões ao longo dos próximos 18 meses para expansão gradual do Ulend FIDC 1. A companhia ainda planeja levantar um segundo fundo de direitos creditórios (Ulend FIDC 2) no próximo ano, que terá a estratégia de “coinvestir” com o primeiro fundo, crescendo de forma conjunta e gradual e acomodando novos investidores.
Ulend auxiliando médias empresas do mercado
Com a Ulend, os escritórios passam a ter crédito PJ para oferecer a seus clientes, e no futuro breve nem precisarão dizer que o produto é de um terceiro. Além disso, a agilidade para obtenção do dinheiro é incomparável: bancos tradicionais demoram entre 30 e 45 dias para análise de crédito e desembolso de uma operação de capital de giro de R$ 1 milhão hoje em dia. Na Ulend, esse prazo total atualmente está em uma média de 4 dias, com plano de implantar novas tecnologias que vão permitir a redução para dois.
“A carteira crédito PJ dos bancos atualmente soma mais de R$ 2 trilhões e, unindo a inteligência do nosso modelo de crédito com o funding dos fundos e a força de originação de negócios dos agentes autônomos, a estimativa é que podemos tirar pelo menos R$ 50 bilhões da carteira dos bancos nos próximos cinco anos”, projeta Gabriel.
Na carteira total já financiada desde o início das operações, que soma R$ 200 milhões em crédito concedido nos últimos três anos e meio, o número é de 4,5% – ainda muito abaixo do patamar das fintechs de capital de giro PJ, que está entre 20% e 40% e vem assustando gestores de capital de risco.
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