A Stratasys, em parceria com sua distribuidora autorizada, Comprint, imprimiu em 3D diversas peças do carro da equipe de automobilismo Fórmula UFSM, criado por alunos dos cursos de Engenharia da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O veículo participará da Fórmula SAE Brasil, um dos eventos internacionais da Formula SAE, competição criada há mais de 40 anos pela Society of Automobile Engineers (SAE), nos Estados Unidos.
Com o objetivo de melhorar o desempenho da equipe gaúcha na competição, 25 peças diferentes foram impressas em 3D na impressora Stratasys Fortus 380 utilizando o material ASA que possui excelente resistência mecânica e UV. No ano passado, a Fórmula UFSM também utilizou a tecnologia de impressão 3D da Stratasys para auxiliar no projeto e terminou a competição em 3º lugar geral na categoria carros com motor a combustão, entre mais de 40 equipes. As 37 impressões realizadas – algumas peças contam com unidades sobressalentes – levaram 11 dias para ficarem prontas.
A maioria das partes impressas são utilizadas nos sistemas elétricos e nos sistemas do motor do carro, mas a equipe viu na impressão 3D a chance de ganho ergonômico para os quatro pilotos, que agora utilizam empunhaduras do volante customizadas.
“Preparamos um modelo que agradou muito os pilotos do protótipo, melhorando o controle e a pegada no volante e, consequentemente, as chances de a equipe conseguir um lugar no pódio”, explica Eugênio Pozzobon, chefe do Subsistema Elétrico do projeto.
Outro diferencial da tecnologia é a praticidade e a rapidez do processo. No projeto, algumas peças foram desenhadas para serem fabricadas exclusivamente com a impressão 3D, pois outros métodos demandariam muito tempo, empenho e um custo excessivamente alto.
Eugênio Pozzobon ressalta a importância da diversificação dos métodos de produção das peças, pois isso acelera a fabricação do protótipo, impedindo que um tipo de processo se sobreponha aos outros, sobrecarregue um setor e atrase a fabricação do carro.
“As empunhaduras do volante são um bom exemplo disso. Feitas em apenas algumas horas na impressora 3D, poderiam ter levado até duas semanas para serem fabricadas se tivessem sido produzidas de maneira tradicional, e o acabamento final não seria tão bom quanto o alcançado”, afirma Pozzobon, ao acrescentar que, nas provas estáticas da competição, que avaliam o custo do veículo, “por vezes, os processos tradicionais, são mais caros em comparação à impressão 3D, e prejudicam o desempenho da equipe”.
Dentre vários benefícios e diferenciais que a impressão 3D confere ao projeto, Felipe Balbom, chefe do Subsistema do Motor em 2019, destaca a redução de massa e a facilidade em projetar peças mais complexas.
“Com a impressão 3D, conseguimos elevar o nível técnico do protótipo, aumentar nossas chances no campeonato e, inclusive, obter destaque na apresentação do carro perante os juízes, pois, ao utilizar uma tecnologia de ponta, demonstramos estar atualizados e sintonizados com os mais recentes métodos e tendências de fabricação”, explica Balbom.
Por conta da covid-19, as primeiras etapas da competição devem acontecer somente em 2021, mas a equipe trabalha a pleno vapor e o carro deve estar pronto até o fim do ano. A pandemia fez com que todas as atividades de projeto fossem realizadas remotamente, com a ajuda de ferramentas de compartilhamento em nuvem. Para o projeto das peças em CAD, pelo Solidworks, a equipe adotou o GrabCAD, ferramenta gerida pela Stratasys, que facilita o uso de drive para esse propósito.
Para atender ao cronograma de fabricação das peças do novo protótipo, a equipe, composta por 23 integrantes, está se revezando no laboratório da UFSM, seguindo as orientações das autoridades sanitárias e também as instruções normativas da universidade.
“A parceria e o apoio da Stratasys, neste ano junto com a Comprint, está sendo, mais uma vez, essencial para o sucesso do nosso protótipo. Os frutos dessa parceria são enormes, e é muito bom poder contar com o que há de melhor no mercado em soluções de manufatura por impressão 3D”, ressalta Eugênio.
Nesse vídeo, é possível ver as peças projetadas em impressas pela equipe da UFSM.