No Brasil, segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde), obtidos e levantados no ano passado pela Folha de S.Paulo, a cada quatro minutos, uma mulher sofre agressão de um homem. Com a pandemia e a necessidade de isolamento social, essa questão tão séria no país se agravou, com o aumento da convivência das mulheres com seus agressores e a impossibilidade de sair de casa para procurar ajuda.
Nesse contexto, o Twitter passou a disponibilizar no Brasil o recurso #ExisteAjuda, com foco na violência contra a mulher. A ferramenta, já disponível desde setembro de 2018 em outros países para apoiar pessoas em situação de risco de cometer suicídio e automutilação, consiste em uma notificação na área de busca da plataforma com links úteis.
No caso da violência contra a mulher, o aviso trará um link para o disque-denúncia (180) – um serviço do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) – e outro para uma página do MDH com mais informações sobre o tema.
Como funciona?
Sempre que alguém escrever, no campo de busca do Twitter, palavras e termos relacionados de alguma forma a violência de gênero, o primeiro resultado a ser visualizado é uma notificação indicando que a pessoa pode procurar ajuda.
Basta clicar no link do disque-denúncia para ligar para o 180 ou no link para a página do MDH para obter mais informações a respeito do assunto. O recurso pode ser utilizado não apenas pelas vítimas, mas também por testemunhas e outras pessoas que tomem conhecimento ou presenciem casos de violência contra a mulher.
No Brasil, a ferramenta é um projeto da área de Políticas Públicas do Twitter em parceria com Twitter Women, grupo de funcionárias da empresa. A iniciativa conta com a colaboração do MDH para o link para o disque-denúncia e a página com informações oficiais a respeito do tema e com mais detalhes sobre canais de denúncia de casos de violência.