A Transfeera, fintech que fornece soluções de pagamentos para empresas, movimentou R$ 18 bilhões no primeiro semestre de 2024 e registra um crescimento de 58%, em comparação ao mesmo período do ano passado. A scale-up lançou recentemente o link de pagamentos, uma nova solução para o varejo com opção de cartão de crédito, boleto e Pix. O novo método deve representar mais de 30% da receita da companhia no futuro e deve oferecer mais comodidade aos seus mais de 500 clientes.
“Nossa solução de pagamento é muito baseada em tecnologia. Temos como valores a segurança e a escalabilidade, e é sob essa perspectiva que estamos desenvolvendo nossos produtos. Em 2020, com o surgimento do Pix, a Transfeera, que havia nascido antes do Pix focada em transações entre contas, migrou 100% da operação para o Pix. Naquele momento, também começamos a explorar a automação de recebimentos, permitindo que nossos clientes tivessem soluções que simplificassem o dia a dia, recebendo o dinheiro de seus clientes finais de forma mais rápida, barata e com alta disponibilidade tecnológica”, explica Fernando Nunes, CEO da fintech.
Segundo ele, o link permite que seus clientes utilizem diferentes canais de venda, como e-commerce, marketplace, Instagram ou até o WhatsApp, e dê ao consumidor a chance de escolher seu método de pagamento preferido. “Temos uma expectativa muito positiva para essa solução nos próximos anos, e acreditamos que o link de pagamento pode representar até 30% do faturamento da Transfeera. No longo prazo, o produto vai evoluir naturalmente com novos métodos de pagamento e funcionalidades. O link de pagamento é um catalisador que centraliza todas essas formas de transações, permitindo que nossos clientes recebam de seus clientes de maneira mais ágil e eficiente”, contou o executivo em entrevista ao Startupi.
Voltado principalmente para PMEs, o link é especialmente útil para vendas rápidas, promoções, cobranças individuais e para quem deseja vender pelas redes sociais. A empresa ainda pode criar múltiplos links de pagamento para controlar e diferenciar cada tipo de cobrança que deseja realizar. Esse método permite evidenciar e explorar métodos já existentes na fintech e ampliar as formas com as quais os clientes podem cobrar.
Preocupação da Transfeera com demandas do mercado e segurança nas transações
O lançamento acompanha o mercado e os hábitos de consumo do país. Uma pesquisa de março, realizada pela Mastercard, empresa de serviços financeiros, mostra que cerca de 89% dos brasileiros entrevistados se mostraram dispostos a usar meios de pagamento novos ou não convencionais.
“O que mais temos olhado agora são os próximos passos do PIX, que chegam ano que vem com o PIX automático. Acredito que essa é uma ferramenta que vai acelerar ainda mais a adoção desse método de pagamento que continua ainda numa crescente muito forte. A automatização do método vai ajudar em uma evolução bastante rápida. Além disso, o PIX garantido, com crédito, também penso que essa é uma evolução que será debatida. Então acho que ainda tem uma transformação para acontecer aqui”, explica Fernando.
Segundo o CEO, a Transfeera também analisa as possibilidades dentro do Open Finance, e apesar de ainda notar desafios em sua implementação, acredita que a ferramenta tem o potencial de oferecer uma experiência financeira mais personalizada e integrada ao consumidor final. “Nosso objetivo é avaliar como podemos agregar valor a partir dessa tecnologia, mantendo sempre como prioridade facilitar o acesso a soluções financeiras que realmente façam diferença no dia a dia dos nossos clientes, com praticidade, transparência e segurança”, conta Fernando.
Para a fintech, segurança nas transações é um dos pilares essenciais de seu funcionamento. “Segurança sempre foi um dos valores mais importantes que a gente tem aqui, isso é natural dentro da Transfeera. Sempre falamos sobre como a gente protege o que tem. É natural, quando falamos sobre qualquer novo produto ou solução, já partir desse background e levantar critérios de governança para entregar soluções seguras para o nosso cliente”, acrescenta o CEO.
A startup também tem sistemas de monitoramento e de alerta que dão visibilidade do que tá acontecendo na infraestrutura da plataforma, permitindo respostas rápidas a incidentes. “No cenário atual, não podemos pensar ‘e se acontecer’ – vai acontecer! E, quando isso acontece, quais são os procedimentos que precisamos seguir? A segurança, para nós, é muito sobre ferramentas, políticas e respostas aos incidentes”, afirma Nunes.
Em maio, a scale-up foi adquirida pela PayRetailers, processadora de pagamentos espanhola, que aguarda a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central (BC), e faz parte da estratégia da PayRetailers de expandir sua atuação no mercado brasileiro.
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