A Indicator Capital, um renomado fundo de investimento brasileiro, tem conquistado grandes resultados ao longo de sua trajetória. Fundado em 2014 por Derek Bittar, Thomas Bittar e Fabio Iunis de Paula, o fundo tem como foco principal a transformação digital e investimentos em tecnologias emergentes. Em uma entrevista com Derek Bittar, cofundador do fundo, foram revelados alguns dos principais marcos e estratégias da Indicator Capital.
Com mais de R$ 370 milhões sob gestão, o fundo já realizou 20 investimentos e obteve 4 exits bem-sucedidos. Esses resultados expressivos são fruto de uma abordagem cuidadosa na seleção de startups promissoras e de uma equipe altamente experiente e comprometida.
Trajetória da Indicator Capital
A história da Indicator Capital começou com a amizade entre os três fundadores. Thomas Bittar e Fabio Iunis de Paula se conheceram por meio do esporte da corrida de aventura, compartilhando o interesse por esportes de endurance. Essa afinidade esportiva reflete-se na abordagem da Indicator Capital, onde a capacidade de gerir prazos e ter uma visão de longo prazo são essenciais para o sucesso da gestora. “Não tem sprint em maratona. Saber gerir prazo, anos e cadências são essenciais para uma gestora. A gente traz muito do que aprendemos do esporte para a nossa vida profissional”, garante Derek.
Derek Bittar, por sua vez, trouxe sua experiência com investimentos na Bolsa de Valores e seu interesse por empreendimentos inovadores. Desde jovem, ele se mostrou interessado em tecnologia e aprendeu a programar aos 11 anos. Em 2014, Derek, Fabio e Thomas uniram forças e fundaram a Indicator Capital. Naquela época, a tese central do fundo era a transformação digital, pois sabiam que as empresas precisariam se adaptar às mudanças tecnológicas emergentes. A gestora passou a investir em tecnologias inovadoras e a promover a adoção de inteligência artificial no mercado brasileiro.
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Em setembro de 2016, a Indicator Capital lançou oficialmente seu primeiro fundo. “A gente sabia que a transformação digital chegaria, as empresas precisariam se adaptar, e a gente investia em tecnologias emergentes. A gente tinha o propósito de virar a “casa da inteligência artificial”, diz Derek. Nesse mesmo período, Fabio tornou-se um advisor formal da Indicator Capital, trazendo sua expertise e contribuindo para a estratégia do fundo.
A Indicator Capital se destacou no cenário de investimentos ao adotar uma abordagem data-driven, baseada em análise de dados, para identificar startups com potencial de crescimento e impacto no mercado. A gestora se concentra em investir em empresas que impulsionam a transformação digital corporativa, auxiliando grandes corporações a se adaptarem às novas tecnologias.
Em 2019, a Indicator começou a estruturar seu segundo fundo, chamado Indicator 2 IoT, especializado em Internet das Coisas (IoT). “Nesse paralelo, a gente tinha identificado o edital do BNDES e a melhor forma de resumi-lo foi: ele era a evolução da nossa tese”, comenta Derek.
Com um valor inicial captado de R$ 240 milhões, esse fundo tem como objetivo impulsionar o Plano Nacional de IoT, acelerando tecnologias em setores estratégicos para o país, como Agricultura, Saúde, Indústria 4.0, Cidades Inteligentes e Mobilidade. O fundo investirá em até 30 empresas em estágio inicial, com um foco em série A. A expectativa é que já nos próximos meses, novos aportes do fundo sejam divulgados.
A Indicator Capital se destaca não apenas pela sua atuação como investidora, mas também pelo seu papel ativo no ecossistema empreendedor. A empresa busca criar parcerias estratégicas e desenvolver programas de aceleração para apoiar o crescimento das startups em que investe.
Além disso, a Indicator Capital tem uma abordagem de investimento de longo prazo, buscando não apenas retornos financeiros, mas também impacto social e econômico positivo. A empresa busca investir em startups com potencial de escalabilidade e que possam gerar empregos, impulsionar a inovação e promover o desenvolvimento sustentável.
A trajetória da Indicator Capital tem sido marcada por investimentos em startups de destaque no cenário brasileiro, que busca investir em diferentes setores e segmentos da economia, desde tecnologia da informação até mobilidade e serviços financeiros.
Resiliência durante a pandemia
A Indicator Capital, de acordo com Derek Bittar, teve uma visão estratégica durante o período de pandemia e possui planos ambiciosos para o futuro. A empresa foi construída pelos sócios e conta com uma base diversificada de investidores, demonstrando solidez mesmo em tempos de crise. Até o momento, houve apenas um “write-off” após a crise, indicando uma capacidade de adaptação e resiliência. “Por ser um produto de transformação digital, apesar do caixa das startups estar baixo, eram tecnologias interessantes para as empresas comprarem.”
Derek ressalta a importância de uma boa gestão de caixa: “é o melhor remédio contra o infarto de um founder”, diz. Essa abordagem cautelosa e responsável é um dos pilares da Indicator Capital, garantindo a estabilidade financeira das empresas em que investem.
Embora as operações sejam necessariamente realizadas dentro do Brasil, a governança pode ser conduzida fora do país. Isso ocorre porque a Indicator Capital está alinhada com o plano nacional da internet das coisas, em parceria com instituições como a Qualcomm, BNDES e com um estatuto de fundo alinhado com a lei da informática. O foco está em empresas brasileiras que faturem até R$ 16 milhões por ano e que tenham 90% dos ativos baseados no Brasil, buscando investir em negócios que tenham interesse em expandir para as Américas.
“Hoje, nós nos obrigamos a celebrar até as nossas menores conquistas”, diz Derek, mostrando a postura pé no chão da empresa. Para o cofundador, a jornada até agora foi desafiadora, mas necessária para construir uma empresa séria e provar que o Brasil tem potencial para se tornar um líder mundial em tecnologia. “Temos um vasto território, criatividade e incentivos. Temos tudo para nos tornarmos referência global no assunto”, completa.
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