Desde 2022, legisladores dos Estados Unidos querem banir o TikTok de seu território. O senador republicano Marco Rubio anunciou em dezembro a apresentação do projeto bipartidário que pretendia proibir a rede social do país. Segundo o congressista, a rede social estaria espionando os norte-americanos e manipulando eleições.
O projeto previa o bloqueio e proibição de todas as transações de qualquer empresa de mídia social sob influência da China, Rússia e outros países. Esta semana, o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi chamado para um Congresso na Câmara dos Estados Unidos para dar explicações sobre a plataforma e foi questionado durante mais de quatro horas.
O CEO defende há meses que a plataforma chinesa de compartilhamento de vídeos é segura. A China acusou os Estados Unidos de exagerarem nas notícias sobre problemas na cibersegurança para reprimir a empresa, que está em rápido crescimento.
Confira aqui o Mídia Kit do Startupi!
EUA X TikTok
Em 2020, a plataforma quase foi banida dos Estados Unidos pelo então presidente Donald Trump, ainda pelo mesmo motivo: riscos à cibersegurança impostos pelo TikTok. Com inúmeros processos legais, o debate foi encerrado em 2021. Joe Biden revogou a proposta de Trump.
Em 2023, o governo norte-americano volta a questionar a presença e segurança do TikTok. A plataforma tem 150 milhões de usuários nos EUA e emprega 7 mil funcionários no país. Os números foram divulgados por Shou Zi Chew com o objetivo de defender a permanência do aplicativo no país.
“Entendo que haja preocupações decorrentes da crença imprecisa de que a estrutura corporativa do TikTok o torna dependente do governo chinês ou que ele compartilha informações sobre usuários dos EUA com o governo chinês. Isso é enfaticamente falso”, declarou o executivo em seu discurso inicial.
A ByteDance, dona do TikTok, também é alvo de autoridades que apontam o suposto acesso da China a dados dos usuários norte-americanos, o que foi negado pelo CEO. Para defender a plataforma, Shou Zi Chew disse que a empresa vai transferir as informações de americanos para servidores nos EUA. Ainda afirmou que três dos cinco membros do conselho da ByteDance são norte-americanos e que investidores de vários países detêm juntos a maior participação da empresa.
O executivo foi questionado também segurança de crianças e adolescentes. Ele explica que além da idade informada pelos usuários, a rede social usa um algoritmo que analisa vídeos para determinar se eles são menores de idade. Autoridades alegam que a plataforma não bane conteúdos violentos e com ameaça.
Acesse aqui e saiba como você e o Startupi podem se tornar parceiros para impulsionar seus esforços de comunicação. Startupi – Jornalismo para quem lidera a inovação.