Comprar ingressos de segunda mão pela internet pode ser uma boa saída diante dos altos preços que temos visto por ai, mas a transação ainda parece muito informal e insegura, principalmente na internet. A ideia da espanhola TicketBis é profissionalizar esse mercado e, para ajudá-los na missão, eles acabam de levantar R$ 11,5 milhões em um novo aporte.
Nascida na Espanha, a plataforma de compra e venda de ingressos veio ao Brasil em 2011 com a liderança de Ricardo Noryo –no total, eles já estão em 18 países. “Eles me conheceram quando eu ainda estava na Espanha e trabalhava para outra empresa. Quando eu entrei, eram só os dois sócios espanhóis [Ander Michelena e Jon Uriarte] e não tinha nem site”, lembra o brasileiro, que tem formação na área de relações internacionais. A plataforma foi lançada oficialmente no final de 2009, já pensando na expansão para a América Latina.
“O site foi lançado aqui em 2011, mas a operação foi 100% nacionalizada em 2012. O ano de 2011 serviu para a gente testar o produto e ver o que dava mais ou menos certo por aqui”, lembra Ricardo. Ele afirma que passou um tempo adaptando o serviço às leis brasileiras e ao código de defesa do consumidor local. Atualmente, o escritório brasileiro tem dez funcionários, incluindo Ricardo.
O brasileiro define a TicketBis como um “MercaoLivre dos eventos”, só que o comprador não entra em contato com o consumidor. “É um marketplace que funciona como uma alternativa mais ‘oficial’ para esse mercado informal de ingressos. O cliente pode dividir o pagamento no cartão de crédito, por exemplo, e se houver problemas nós devolvemos o dinheiro”, conta. Eles buscam evitar fraudes ao pagar os vendedores somente alguns dias depois do evento, dando um tempo para o comprador reclamar caso haja problemas.
Na prática, a TicketBis é uma alternativa mais confiável em relação à compra de quem vende na porta dos eventos, por exemplo, já que se trata de uma empresa incorporada no Brasil. O brasileiro também pode vender ingressos para pessoas de outros países, e os estrangeiros podem vender para nós também.
Em termos gerais, o Brasil já pode ser considerado o segundo maior faturamento da TicketBis, com a Espanha na liderança.