Você não sabe que precisa de uma smart bike até testar uma. Essa foi minha conclusão após experimentar a Vela 2. A Vela Bikes é uma startup brasileira de bicicletas elétricas inteligentes, com desenvolvimento e equipe 100% nacionais. Fundada em 2012 pelo engenheiro e empreendedor, Victor Hugo, de 30 anos, a startup desenvolveu modelos de bikes e acessórios que harmonizam simplicidade à tecnologia de ponta, de forma a viabilizar uma solução de alta performance, econômica e sustentável para os problemas de mobilidade urbana.
O grande diferencial do modelo é que a bike agora funciona a partir de um aplicativo. Todo o funcionamento dela é via bluetooth, desde ligar e desligar, passando pela seleção de níveis de potência do motor, acelerômetro para ajuste fino e automático do auxílio do motor, acionamento automático dos faróis, trava remota e alarme. Isso eliminou botões da bike e reduziu em mais de 50% o volume de fios.
Entre outros serviços, o app possui um mapa de calor, que entende o comportamento do usuário, coleta dados e, a partir disso pode, por exemplo, mostrar em quais ruas têm mais buracos ou que a pavimentação não é tão boa, por meio da trepidação. Quando a bateria chegar a 10%, o app também pode informar uma estação de recarga rápida da Vela mais próxima.
E pra mim, um destaque importante é caso o ciclista esteja em uma aceleração elétrica baixa, e se depara com uma subida, pela inclinação da bike, ela entende que deve ajudar e, automaticamente, acelera a tração do motor. Na descida, a mesma coisa: se o usuário está muito acelerado, automaticamente, a bike segura um pouco sua velocidade.
Além disso, o aplicativo também informa nível da bateria com precisão de porcentagem; nível de potência; velocidade em km/h; localização GPS e quilômetros rodados. Por meio do app, o proprietário também pode transferir o acesso da bike para outro usuário.
“A questão é que o aplicativo pode ter serviços infinitos a serem incluídos. Não se trata de uma solução estática, ela está em constante evolução. A ideia é que o aplicativo da Vela 2 ofereça um leque completo que otimize a experiência daqueles que escolheram a bike elétrica como meio de mobilidade”, afirma Victor Hugo.
Bike para grandes centros urbanos
A Vela 2 segue os padrões estéticos e funcionais consagrados pela Vela e, à primeira vista, é esteticamente muito semelhante aos demais modelos, Vela 1 Vela S. Porém, algumas diferenças estruturais merecem ser citadas. O guidão é um pouco menor e foram inseridas manoplas ergonômicas, mais macias e confortáveis. A ideia aqui é trazer mais conforto e garantir manobrabilidade.
A Vela 2 conta ainda com freio regenerativo, o que viabiliza até 15% a mais de autonomia, já que quando o freio é acionado a bateria carrega. Além disso, a precisão do sensor de pedal é duas vezes maior e a sensibilidade de movimento é seis vezes mais alta. Vale destacar ainda o alongamento dos dois paralamas para proteção dos calçados durante as chuvas e a adição do mudflap para descer calçada sem bater os paralamas.
Sustentabilidade
O lançamento da Vela 2 chega com outra novidade, que são as parcerias com três ONGs que ajudam o meio ambiente e incentivam a utilização de bicicletas. A iniciativa funcionará da seguinte forma: a cada três bikes vendidas do novo modelo, a empresa doará uma bicicleta de madeira, que é produzida pela ONG Raízes do Fazer. Elas serão distribuídas pela Bike Anjo, rede de ciclistas que promove, mobiliza e ajuda pessoas a usarem esse veículo nas cidades.
Além disso, para compensar a matéria prima utilizada na produção das bikes elétricas, a empresa vai plantar árvores em parceria com a Copaíba, que atua no reflorestamento Mata Atlântica. Serão três árvores plantadas a cada duas Vela 2 vendidas.
“A Vela não é apenas uma empresa que fabrica bicicletas elétricas. Nós procuramos disseminar um estilo de vida que consideramos mais leve e mais sustentável, não só para o indivíduo, mas para a sociedade de maneira geral. Essas parcerias são uma forma de propagar ainda mais aquilo em que acreditamos, mas também é o modo que encontramos de devolver para o meio ambiente os recursos de que necessitamos para a produção das nossas bikes. Acreditamos, sim, que é possível ser eficiente e ser sustentável”, finaliza Victor.