Uma startup de Boston ajuda empresas a seguirem seus funcionários pelo escritório usando sensores sem fio chamados beacons que informam quem está presente e onde essas pessoas estão dentro do escritório – e acaba de anunciar que recebeu investimento de 1,4 milhão de dólares de Atlas Venture, Deep Fork Capital e Boldstart Ventures.
A startup Robin criou um software que envia um alerta para smartphones quando um colega chega no escritório. A tecnologia pode fazer com que você compartilhe informações pré-definidas com os colegas, que podem ser diferentes se você estiver na cozinha ou na sala de reuniões, por exemplo. Numa reunião, quando uma nova pessoa entra, todo mundo na mesa receberia o nome da pessoa, o Twitter, o perfil do Linkedin e uma apresentação de slides do Dropbox. Invasivo? Depende de você colocar os critérios.
O sistema funciona com iBeacons, sensores sem fio em rede desenvolvidos pela Apple para alertar aparelhos com iOS e alguns dispositivos Bluetooh em determinados lugares. Até agora, o sistema Robin está sendo testado em alguns poucos lugares. Tem sido usado por uma editora de Nova York, a News Corp, e também por alguns espaços de co-working, para mostrar se a sala está livre ou não e mostrar o uso atual da sala.
Beacons também têm sido usados por outros grupos além da Robin. Um professor-assistente de engenharia civil da Universidade do Sul da Califórnia, Burcin Becerik-Gerber, usa os beacons de maneira similar, mas para rastrear bombeiros e vítimas em prédios incendiados e também para otimizar o uso de energia, mostrando salas vazias num prédio.
Os beacons e seus usos acima mostrados pela MIT Technology Review também podem ser vistos no Brasil. Aqui, a startup Microlocation usa os beacoms de maneira mais comercial, enviando conteúdo especializado para clientes dentro da loja, por exemplo. Eles estão na segunda turma do Seed. A Uolet também usa a tecnologia de maneira parecida, para enviar promoções aos clientes.
Claro que o grande problema da tecnologia é a privacidade, mas considerando que quase tudo que as pessoas utilizam na internet tira um pedacinho a mais da privacidade, elas provavelmente vão se acostumar. Caso não, há sempre a opção de não permitir o uso da tecnologia.