Diretamente da SXSW (South by Southwest, a principal conferência sobre inovação e entretenimento do mundo), sigo me conectando com pessoas que também entendem o quanto a privacidade é crítica para os negócios, e trazem novas ideias, insights e atividades aos debates e análises sobre o assunto. Depois de subir ao palco no domingo (10), por duas vezes, e palestrar para milhares de pessoas sobre a retomada do controle de nossos dados, muitos vieram me procurar para conversar sobre os negócios que estão construindo, todos relacionados com inteligência artificial, ética e privacidade.
Uma delas foi uma empreendedora de uma startup incubada na UCL (University College London), universidade britânica ranqueada entre as dez melhores do mundo. Eles têm um time de engenheiros em busca de cases para tentar comprovar um modelo elaborado a partir de algoritmos treinados com dados sintéticos, sem a necessidade de usar dados pessoais. Além dela, outras seis startups procuraram a nossa equipe. Falamos sobre os negócios que eles estão desenvolvendo baseados na ética e na responsabilidade do uso de dados em algoritmos que vão alimentar essas inteligências artificiais.
Como temos uma demanda regulatória complexa e urgente – para que a inteligência artificial consiga usar dados encontrados na internet para aprender, mas sem infringir a privacidade dos indivíduos – muitas pessoas buscam construir negócios para ajudar as empresas a estarem em conformidade com as leis. Enquanto isso, empreendedores estão desenvolvendo ferramentas e sistemas para otimizar recursos nas empresas, especialmente utilizando a própria automação para contribuir com a conformidade regulatória e a automação de processos, a fim de responder esses anseios de responsabilidade e ética no uso de dados e algoritmos.
À medida que as empresas buscam aprimorar e personalizar seus serviços, torna-se crucial a implementação de sistemas eficientes para preservar a integridade dos dados coletados. As PrivTechs, também conhecidas como tecnologias de privacidade, desempenham um papel significativo nesse cenário, atuando como inovadoras intermediárias na segurança dos dados, proporcionando maior privacidade aos clientes de grandes corporações.
Sempre disse que “dado coletado é dado vazado”. Hoje em dia, considerando a quantidade de tecnologias disponíveis para proteger os dados, eu adaptei o meu ditado para “dado vendido é dado vazado”. Se uma empresa vende dados, ela não tem como traçar a cadeia ou o caminho que as informações percorrem. Então realmente não interessa se tem uma transação comercial por trás disso, pois quando se perde o controle dos dados, eles já não têm mais dono. Por isso fiquei tão animada com as conversas que tive após a minha palestra!
A emergência de novos modelos de negócio, focados na criação de soluções tecnológicas, representa uma iniciativa significativa no sentido de capacitar as pessoas a recuperarem o domínio sobre seus dados pessoais. Esses modelos visam não apenas oferecer ferramentas para a gestão ativa dessas informações, mas também conferir ao indivíduo o direito de requisitar a exclusão de seus dados de bases de dados empresariais.
Esse avanço não apenas reflete uma crescente valorização da privacidade, mas também merece ser celebrado como um marco positivo para a sociedade.
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