A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, lançou oficialmente a Suzano Ventures, Corporate Venture Capital (CVC) da companhia que terá US$ 70 milhões em recursos disponíveis para serem investidos em startups.
A partir da iniciativa, a Suzano pretende acelerar o processo de Inovação aberta e se tornar uma plataforma global no estímulo ao empreendedorismo em torno de soluções para a bioeconomia com base na floresta plantada.
A prioridade neste primeiro momento será dada a startups e/ou empresas com inovações em negócios a partir de novas tecnologias e aplicações de biomassa celulósica, soluções que fomentem o uso de embalagens celulósicas, além de agtechs que acelerem a produtividade agroflorestal e a captura, mensuração e gestão do sequestro de carbono. Os aportes serão realizados em negócios em estágio inicial (Seed) e mais estruturados (Series A). A Suzano Ventures também terá uma estrutura de programas de aceleração com equity para alavancar soluções que estejam em estágio laboratorial ou buscando validação comercial (pré-Seed).
Os investimentos selecionados estarão alinhados à estratégia de longo prazo da Suzano, que tem na Inovabilidade, ou seja, a inovação a serviço da sustentabilidade, uma alavanca importante para seu negócio. Ao mesmo tempo, aproximarão ainda mais a companhia do ecossistema de empreendedores que vislumbram fortalecer a bioeconomia a partir do desenvolvimento e aplicação de tecnologias de baixo carbono. A Suzano Ventures estará presente nos principais ecossistemas de inovação e poderá realizar investimentos em startups no Brasil e no exterior.
“O venture capital da Suzano é um instrumento de inovação aberta da companhia com o propósito de acelerar e construir a Suzano do futuro. Ela estará presente em diferentes mercados, com diferentes produtos e novas rotas tecnológicas. Acreditamos que, juntos com o nosso ecossistema, podemos fazer parte da renovação do modo de vida, a partir do desenvolvimento contínuo e acelerado de soluções na área de bioeconomia com base na biomassa florestal”, afirma Julio Ramundo, Diretor de Negócios de Carbono e Corporate Venture da Suzano.
A Suzano tem investido em startups ao longo dos últimos anos com o objetivo de identificar novas avenidas de aplicação da biomassa de eucalipto. Entre os casos de sucesso está a empresa finlandesa Spinnova, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia para a produção da primeira fibra têxtil sustentável do mundo desenvolvida a partir de celulose microfibrilada (MFC) de madeira — fibra de celulose reduzida a dimensões nano, fruto de inovação disruptiva.
Com a Suzano Ventures, a companhia pretende garantir maior agilidade na análise de projetos e startups com propostas e soluções às verticais e teses de investimento definidas. Para isso, contará com um time dedicado para sua operação, enquanto a governança para avaliação técnica e financeira dos targets de investimento incluirá especialistas de P&D da companhia, que já estão presentes em ecossistemas de inovação no Brasil, na América do Norte, na China e em Israel.
Desafio Suzano e SENAI
Esse ano, a Suzano também lançou uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), intitulada “(Bio)soluções: o futuro a partir da árvore”. A iniciativa, apresentada pelo Diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson de Oliveira Gomes, é uma chamada para mapeamento de stakeholders, tecnologias e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Produtividade Agroflorestal, Carbono, Biomassa de Eucalipto e Packaging.
A chamada está vinculada à Plataforma Inovação para Indústria, no âmbito da categoria de Missão Industrial, e será coordenada pelo SENAI CIMATEC, que terá papel fundamental na curadoria técnica dos projetos e na estruturação do portfólio complementar para a Suzano. A participação da Suzano Ventures potencializa o alcance da chamada, pois inclui a possibilidade do apoio às startups via investimentos com equity.
A missão contará com três etapas principais: lançamento e desenvolvimento de alianças, avaliação preliminar e estruturação do portfólio de projetos, além da etapa de avaliação final e divulgação do resultado. As inscrições para a missão podem ser feitas até 17 de outubro.