Em dezembro de 2023, o Brasil assumiu a presidência do G20 e a temática geral escolhida para a edição do fórum de cooperação econômica foi “Crescimento inclusivo para um mundo sustentável”. A decisão não foi por acaso. Mudanças climáticas, escassez de recursos e avanço da desigualdade social são pautas de preocupação global. Num cenário incerto, em que soluções fora da caixa são necessárias, esse ponto está intrinsecamente ligado à criação do Startup2, cúpula de engajamento de startups e PMEs do G20, que em 2024 tem como um dos pilares de discussão o ESG.
As startups desempenham um papel fundamental na inovação sustentável. Ao contrário das grandes corporações, muitas vezes presas a estruturas rígidas e processos burocráticos, elas têm a flexibilidade necessária para experimentar novas ideias e abordagens. Isso lhes permite desenvolver soluções disruptivas e eficazes para os desafios. Tanto que em 2020, a ONU lançou o “World Youth Report: Youth Social Entrepreneurship and the 2030 Agenda”, que citou a importância do empreendedorismo jovem para alcançar os objetivos da Agenda 2030.
A capacidade de atingir nichos específicos e resolver problemas locais também será importante para o futuro das startups. No primeiro encontro do Startup20, sediado no Amapá, fomos apresentados à Amaztrace, startup de rastreabilidade com foco na Amazônia; e a Bactolac, que desenvolve soluções para a piscicultura. No Brasil, quando olhamos para duas das principais verticais ligadas à sustentabilidade, vemos um cenário positivo para o futuro. Segundo o Mapeamento do Ecossistema da Abstartups, 57% das cleantechs e 37% das greentechs do país já receberam investimentos.
Já as startups de logística reversa existem tanto para empresas, que é o caso da Recicla.club, quanto para o consumidor final, como a Siri, que promove conexões entre material, catadores, compradores de recicláveis e apoiadores da causa. Além disso, no campo dos resíduos recicláveis, a EcoCircuito realiza a reciclagem de resíduos orgânicos e os transforma em efluentes, enquanto a startup Aterra trabalha com a gestão de resíduos complexos. Para combater o desmatamento, temos startups que trabalham com reflorestamento, inteligência artificial e fomento ao empreendedorismo agroecológico, como é o caso da Atlas Florestal.
O engajamento da sustentabilidade não é apenas uma causa de fator ambiental, mas também possui impactos econômicos. Além de gerar empregos, contribui para o desenvolvimento da inovação no país, alavancando o potencial tecnológico com soluções de diferentes regiões e produtos. O caminho é longo e demanda diversificação de parcerias, colaborações, seja por investimentos privados ou públicos, mas o retorno traz benefícios desde o primeiro dia. Logo, as startups e o ecossistema empreendedor podem fazer a diferença para posicionar o Brasil como referência no setor.
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