A resiliência das startups foi bastante testada nos últimos anos. Muitas vezes, quem sonhou em conquistar o mercado com muita velocidade, acabou precisando recalcular a rota. Isso acontece porque captar recursos vem sendo um grande desafio para as startups. Embora 88,9% dos investidores de startups estejam otimistas para este ano, segundo dados do Latam Tech Report, a nova tendência para investimentos é buscar pelas startups early-stage ou aquelas com modelos de negócio mais resistentes e próximos do Breakeven.
Com os desafios do mercado, alguns negócios buscam novas estratégias que permitam seu crescimento de forma contínua e planejada. Por exemplo, a Turbi, startup 100% digital de locação e assinatura de carros, decidiu por ganhar o mercado da região metropolitana de São Paulo antes de planejar uma expansão para outras regiões. Atualmente a marca possui mais de 5 mil veículos espalhados em mais de 400 estacionamentos parceiros e segue dobrando, ano após ano, sua frota para oferecer aos seus clientes a sensação de ter um carro na garagem.
A estratégia trouxe bons frutos: Nos últimos 15 meses, a startup participou de 3 rodadas de captação, sendo o mais recente R$150 milhões, captados no início deste ano. Por mais que o modelo de negócios já apresente potencial para escalar em outras regiões, 90% destes novos recursos devem ser destinados à compra de mais veículos e fortalecimento da operação na Grande São Paulo. “A compra dos novos veículos vai permitir atendermos ainda melhor a demanda e aumentar nossa capilaridade na grande São Paulo, nos aproximando cada vez mais do nosso público. Esperamos continuar trabalhando para, muito em breve, chegar aos 10 mil veículos à disposição dos nossos usuários em São Paulo”, explica o CEO da Turbi, Diego Lira.
Foco em crescimento regional
Com uma estratégia similar, a Frubana, startup que conecta agricultores e restaurantes, também segue uma estratégia de crescimento delimitada regionalmente. Atualmente, a marca possui 4 centros de atuação: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Campinas, onde possui contrato com mais de 35 mil restaurantes e cerca de 1000 fornecedores.
De acordo com Otávio Pimentel, Country Manager da Frubana, a marca encontrou no sudeste do Brasil uma boa estrutura para projetar um crescimento sustentável: “Existe um mercado muito grande para ser explorado na região e nós estamos focados em alcançar a marca de 70 mil restaurantes até o final de 2024, buscando crescer de forma sustentável e lucrativa nesta região antes de expandir para outras”, destaca.
Outro exemplo é a Citas, empresa dedicada à requalificação de ativos imobiliários por meio do retrofit para locação no centro de São Paulo. A empresa segue com sua estratégia de expansão no mercado imobiliário na região, incluindo um novo projeto recém-lançado, o 497 República, empreendimento histórico requalificado que traz ao mercado mais de 280 moradias de aluguel com valores acessíveis. A Citas está empenhada na revitalização de edifícios no centro da cidade, convertendo-os em espaços residenciais sustentáveis para locação. Com uma abordagem inovadora, busca preservar o patrimônio urbano, ao mesmo tempo em que oferece uma melhoria significativa na qualidade de vida dos residentes.
“Nosso foco é o centro de São Paulo porque é uma área rica em infraestrutura, cultura e atrativos. Quem opta por morar no Centro acredita no potencial dessa localidade. São pessoas que conseguem conviver com as particularidades do ambiente. Em muitos casos, estamos lidando com o primeiro apartamento de alguém que acaba de concluir a graduação”, destaca Isadora Rebouças, CEO da Citas.
Startups expandem por regiões paulistas
Falando de expansão em São Paulo, a Mecanizou, startup que conecta oficinas mecânicas e revendedores a fornecedores de peças automotivas, tem forte atuação e reconhecimento na zona norte da capital e agora busca expandir para as demais regiões da capital paulista, agora com foco na Zona Metropolitana, para atender a fila de espera de mais de mil oficinas que querem contar com o serviço da plataforma.
“Quando falamos em expandir, visamos primordialmente os padrões de qualidade e SLAS que nos distinguem no mercado atual. Por isso concentramos o crescimento, por enquanto, dentro do território paulistano. Isso acontece porque nossa visão vai além da entrega de peças de forma eficiente e assertiva, trabalhamos para construir diariamente uma plataforma que não apenas atenda às necessidades dos mecânicos, mas que também esteja preparada para evoluir com o mercado automotivo em constante mudança”, pontuou Ian Faria, CEO da startup.
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