Nesta segunda-feira aconteceu a 2º Edição do Startup & Investments Day, evento realizado pela parceria entre Modalmais, Bossanova Investimentos e KPTL, em que os CEOs Renato Ramalho, João Kepler e Thiago Nigro se juntam em um bate-papo agregador sobre como a inovação, tecnologia e investimentos alternativos podem ajudar os empreendedores a alavancar os seu negócios. Os investidores também dão dicas de como montar uma operação de investimentos com baixa possibilidade de riscos na hora de investir em uma startup.
Logo no início do evento, João Kepler comenta sobre a missão da Bossanova Investimentos, que começou a operar em 2015 e, que em 2016, colocou em prática a tese de investir em mais empresas com cheques menores (early stage). “Nosso papel é ajudar para que os investidores tenham a oportunidade de investir nas startups quando elas ainda são muito pequenas”, comenta o CEO que, como pessoa física, investiu em 46 startups e, à frente da Venture Capital, concluiu recentemente o marco de 1526 startups investidas.
Já Renato Ramalho diz que a KPTL – gestora de venture capital – está no mercado desde 2003, e que a empresa procura investir cheques maiores em startups que estão em um estágio mais avançado, ou seja, após o investimento da Bossanova, eles entram com um valor maior para ajudar as empresas a darem um passo maior também, ajudando assim no crescimento e desenvolvimento do negócio que já teve um investimento inicial.
No decorrer da conversa, Thiago Nigro, que é CEO e fundador da Modalmais — banco de investimentos, conta um pouco sobre a sua história e sobre quando começou a trabalhar no mundo dos investimentos. Ele relata que tinha um escritório de assessoria de investimentos, e manteve o negócio durante 7 anos. Após vender a empresa, o empresário passou a trabalhar com internet, e foi quando percebeu que através da educação conseguia atingir milhares de pessoas.
“Ao longo dessa jornada, lembro que tive um momento icônico na minha vida, foi quando lancei o meu primeiro livro: De R$ 1 mil a R$ 1 milhão e nesse projeto eu discorro muito sobre investimentos, só que pra eu poder me comunicar com tanta gente , precisei me esforçar pra imaginar uma forma de investir um capital que fosse disseminável e multiplicável”, comenta Nigro.
Durante o caminho, Thiago comenta que acabou chegando no “conserto da Arca”, que nada mais é do que uma forma onde, filosoficamente, ele divide o seu portfólio de investimento em quatro partes: 1 – ações e negócios, 2 – Early stage, 3 – Caixa, 4 – ativos internacionais. “Existem registros onde mostra que os judeus investiam sob ótica do tal multiportfólio, que eram portfólios no qual eles dividiam a carteira deles em três. E hoje como temos acesso a investimentos globais, eu divido a minha carteira em quatro”.
O CEO acrescenta que dessas quatro partes listadas, a que mais cresceu nestes anos foi a parcela de ações e negócios. Porque, quando um investidor está à procura de um novo negócio, ele vai até a bolsa de valores para comprar ações, e isso pode ser altamente lucrativo, mas ele destaca: “quando as empresas entram na bolsa elas já tiveram a maior fase de multiplicação do seu capital”, diz.
Reforçando o que Thiago relatou, Renato Ramalho comentou que nos últimos anos a dinâmica de Capital foi um pouco diferente no mundo inteiro, porque teve um excesso de liquidez, por baixo das taxas de juros, em diversos lugares. “Se eu tenho menos empresas e elas estão cada vez mais postergando o processo de exit, ficaria cada vez mais difícil de concluir a transação e mais elitizado, então a ideia é tentar democratizar esse tipo de oportunidade, para que os empreendedores possam ter ter um pedaço do seu portfólio locando em ativos próximos da economia real”, comenta Ramalho.
Durante a conversa, Nigro também trouxe à luz um ponto de debate necessário para o mercado: a importância de se investir cada vez mais em startups. “Quando investimos em startups, de alguma forma nós investidores ganhamos dinheiro, os empreendedores viabilizam projetos e a gente gira a economia”, diz. “Se você fizer com os seus poucos acertos sejam grandiosos, você já terá um faturamento expressivo.”
Durante a conversa, Ramalho – que tem uma longa jornada como investidor – também comenta que durante todo esses anos em que investe em startups, a sua principal tese de investimento é a inovação. “Buscamos empreendedores e iniciativas que tenham uma capacidade muito grande de crescer independentemente do capital”, garante. “Venture Capital é um head natural para a construção de portfólios consistentes.”
Finalizando o bate-papo com chave de ouro, Nigro deixa uma grande dica para os investidores que estão começando ou que querem investir em novos negócios: “que vocês diversifiquem o capital de vocês, mas com a ajuda de conselheiros e fique perto de quem passou por cenários difíceis e sobreviveram, que passaram pelo túnel do tempo” finaliza.