Uma startup sul-africana pretende produzir proteína em pó de alta qualidade a partir de larvas para uso em alimentos e bebidas energéticas até o fim do ano.
Com esse objetivo, será a primeira empresa na África a produzir proteína de insetos para consumo humano. Atualmente, rivais sul-africanos colhem larvas da mosca soldado negra para alimentar animais e peixes. As proteínas das larvas podem ser colhidas de maneira sustentável, pois as moscas são alimentadas com resíduos, reduzindo a necessidade de aterros e ajudando a atrasar as mudanças climáticas.
A Susento, controlada em parte pela Universidade Stellenbosch, nos arredores da Cidade do Cabo, e por empreendedores associados à instituição, busca levantar 12 milhões de rands (US$ 683 mil) neste mês para as instalações de produção na província do Cabo Oriental.
“É a primeira rodada de financiamento”, disse Elsje Pieterse, professora do Departamento de Ciências Animais da universidade e coproprietária da Susento, que é uma abreviação de sustentabilidade por meio da entomologia. O pó “realmente não tem gosto ou cheiro, pode ser usado em alimentos salgados ou doces”, como chocolate, disse.
A proteína é de alta qualidade e uma fazenda de insetos de um hectare pode produzir 7.500 vezes mais do que uma de soja do mesmo tamanho, de acordo com Elsje.
Espera-se que a nova instalação comece a produção em dezembro e terá como objetivo colher 30 toneladas de produto por mês. A Susento já produz cerca de três toneladas mensais na fazenda experimental da universidade em Mariendahl, nos arredores de Stellenbosch, principalmente para uso em ração para animais de estimação.