Você sabe o que é uma startup? Desde que chegou ao alcance de todos, a internet tem revolucionado a forma como nos comunicamos, o jeito de organizar nossas vidas profissionais e rotina, e a maneira como consumimos informações e produtos, assim como fazemos negócios.
Há um tempo atrás, abrir uma empresa ou criar um negócio era possível apenas para quem dispusesse de um grande capital, ou pelo menos, significativo. Porém, novas tecnologias foram criadas e os modelos de negócios sofreram grandes transformações, permitindo a realização do sonho de empreendedores por meio de startups.
Grandes empresas, como a Amazon ou o Facebook, por exemplo, se lançaram no mercado inicialmente como startups. Hoje, empresas como essas já são referências de empreendedorismo e modelo de negócio de sucesso no mundo inteiro.
Em contrapartida, pegando carona na onda da economia compartilhada, o sistema de Colabs, seja no varejo ou no setor corporativo, tem conquistado cada vez mais o mercado, pelas facilidades em divisão de despesas, espaço e até dos lucros.
Na mesma direção, novas plataformas vêm surgindo com a finalidade de resolver problemas de consumidores e expandir seu alcance ao mediar produtos e serviços de terceiros.
As gigantes Airbnb e Uber, por exemplo, consolidaram seu modelo de negócios no mercado baseado na possibilidade de “dividir para faturar”, inspirando diversas outras startups a fazer o mesmo.
Isso porque o principal fator nos negócios é onde há demanda, há oportunidades de negócios.
Mas afinal, o que é uma startup?
O termo “startup” tem origem no inglês, que significa “começar rapidamente”. Hoje ele é usado para definir empresas jovens ou recém-criadas no mercado, mas que apresentam grandes possibilidades de crescimento.
Ou seja, uma startup é caracterizada por ser um negócio escalável, de crescimento relativamente rápido e eficiente, comparada à pequenas ou média empresas (PME).
Normalmente, as PMEs entram no mercado após um certo investimento de dinheiro e, geralmente, costumam esperar mais tempo para começar a gerar lucro e aproveitar seus benefícios.
Pelo contrário, as startups já entram no mercado em busca de capital e utilizam as tecnologias digitais para crescer e encontrar financiamento para o seu negócio, e assim expandir para os setores.
O fenômeno da economia compartilhada
A economia compartilhada chegou ao Brasil já faz alguns anos. A ideia é conectar financeiramente consumidores a ativos subutilizados, de maneira sustentável — como o Airbnb e o Uber — que usam as residências e os automóveis de seus usuários cadastrados, respectivamente, para gerar serviços e compartilhar lucros.
Alguns empreendedores brasileiros embarcaram na tendência e se dispuseram a testá-la, superando seus desafios ao abrir negócios com base na economia compartilhada.
Seus negócios são pautados em resolver os problemas de consumidores entregando soluções rápidas e descomplicadas; gerar renda extra com a venda de produtos e serviços; mediar transações ou sediar plataformas de vendas, continuando a expandir seu alcance para cada vez mais usuários.
A forma de consumo como o foco
A WGSN, empresa de consultoria global em análises e previsões de tendências, fez um levantamento recentemente, revelando que o principal fator de aceleração de grandes transformações no varejo não é a tecnologia em si, mas a forma como os consumidores consomem no mercado.
Segundo o levantamento, são os próprios consumidores que estão impulsionando todas essas transformações tecnológicas de consumo na sociedade e desafiando antigos modelos econômicos.
Hoje, os consumidores estão mais preocupados em identificar quais negócios estão alinhados às suas demandas e a um propósito, além de como se relacionam com suas necessidades. Ou seja, a interação e identificação entre empresa/produto e consumidor/usuário é fundamental para o sucesso de qualquer negócio nos dias de hoje.
Com isso, empreendedores que enxergam essa tendência de mercado estão surgindo com novas startups e plataformas de negócios a todo momento, se fazendo presentes no dia a dia dos consumidores, oferecendo novos modelos de negócios que impactam suas e a sociedade como um todo.
A ideia é focar na resolução de problemas reais de mercado, na facilidade e acessibilidade, aliada à inovação, propósito e experiência dos consumidores/usuários.
Só no período de 2015 a 2019, a quantidade de startups cresceu de cerca de 5 mil para mais de 12 mil, tendo um aumento superior a 200%, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups).
Já os principais fatores que influenciaram diretamente nesse crescimento, foram os investimentos de empreendedores cada vez mais focados em resultados diretos aos seus consumidores e plataformas mais preparadas para arrecadar e distribuir os lucros desses investimentos.
O fator “sentimento”
A expressão “feel factor” define-se como a valorização das conexões humanas à medida em que as pessoas se sentem solitárias. Assim, quanto mais as relações digitais se consolidam e de fazem presentes, diminuindo interação física, mais consumidores saem em busca de conexões que os completem.
Enquanto empreendedores investem em tecnologia de inteligência artificial e experiências digitais cada vez mais completas para suprir essa demanda do consumidor, a conexão humana se torna um diferencial fundamental para qualquer negócio.
Neste caso, o consumo passa a ser uma consequência da experiência entre o produto e o consumidor. Isso porque os consumidores estão optando primeiro a ter uma identificação com o propósito da marca, para depois vir a consumir o produto.
Por isso, a ideia é investir em experiência usando a tecnologia como ponte para chegar ao que o consumidor procura de fato. Não é mais a personalização do consumo através de recomendação ao consumidor, mas a criação de uma relação pessoal, entre marca/produto/consumidor.
Portanto, startups hoje estão investindo mais nas pessoas e em tecnologias que aprofundem essas relações, através do desenvolvimento de estratégias que unem o ser humano à tecnologia, a fim de criar experiências que vão além do que aquilo que o cliente procura.
Quem está de olho nas últimas tendências
Existem hoje inúmeras plataformas que seguem a tendência da economia compartilhada, com diversas propostas diferentes. Muitas delas oferecem o cadastro de usuários com participação nos lucros de vendas de produtos e serviços, permitindo à eles uma renda extra no orçamento ou até mesmo iniciar uma profissão.
É o caso do Airbnb e Uber, que aproveitam a demanda de consumidores por hospedagens e locomoção, conectando-os aos seus prestadores de serviços, quem deseja alugar o imóvel ou transportar passageiros, respectivamente.
Só para citar outras startups do tipo, temos o Cataki, que une catadores de lixo em busca de renda a usuários e empresas dispostas a praticarem a coleta seletiva; a DogHero oferece serviços de hospedagem e caminhada de cachorros; o Elo7 tem a proposta de hospedar mini lojas online para a venda de produtos; a Eu Entrego permite que pessoas físicas virem entregadores, uma espécie de “Uber das entregas”; e a MaxMilhas, que permite a compra e venda de passagens de terceiros através de milhagens.
O setor de turismo não podia ficar de fora
Já plataformas como a Triplover, um site de análises de navios de cruzeiros, entre outros serviços turísticos, também aposta na tendência da economia compartilhada, com foco na experiência do usuário.
Embora ela não trabalhe gerando lucro para seus usuários cadastrados ou para quem navega pelo site, a plataforma foca na resolução de seus problemas, de forma simples e descomplicada.
De olho no crescimento do turismo no Brasil e em novos incentivos do governo para aumentar a quantidade de portos brasileiros, seu fundador, Rafael Querido, percebeu a demanda de seus usuários por mais informações seguras e confiáveis quando planejando suas viagens.
A plataforma se aliou a Logitravel, outra plataforma de pesquisas de viagens turísticas, principalmente navios de cruzeiros, para ajudar seus usuários a encontrar os melhores destinos para viajar de navio.
O objetivo do site é fornecer informações e análises sobre diversas outras plataformas de turismo, assim como das melhores hospedagens em vários destinos diferentes, para que a escolha do usuário seja sempre segura, antes de fechar a viagem. No entanto, compras e reservas de pacotes e serviços turísticos são direcionadas à plataforma Logitravel.
Como deu para notar, a startup é um modelo de negócio que veio para ficar, e a economia compartilhada uma tendência cada vez mais presente na sociedade, incentivando empreendedores e consumidores a se manterem conectados para que os benefícios sejam mútuos.