* Por Paulo Justino
O mercado de inovação corporativa se despertou para a necessidade de buscar inovações através de modelos mais ágeis que possam promover novas fontes de receitas, novos produtos ou ganhos de eficiência operacional, agregando ou potencializando o status quo atual da empresa.
Neste cenário, existem algumas alternativas, dentre elas o movimento Open Innovation amplamente difundido, porém o tema deste post será o processo de inovação corporativo através de Spin-off de projetos internos.
Os projetos internos normalmente surgem de programas de intraempreendedorismo que tem como objetivo incentivar a prática empreendedora dentro da organização, buscando manter os colaboradores motivados, para que se sintam como parte fundamental da empresa, aliando ao interesse das empresas de buscar novas linhas de produtos e serviços.
Todavia, os bons projetos internos encontram extrema dificuldade para se desenvolverem de forma rápida e ágil em um cenário ainda de muitas incertezas dentro da organização que precisa manter uma forte estrutura de compliance possuindo aversão ao risco, além de níveis decisórios elevados e algumas vezes complexo.
A grande questão é como transformar estes bons projetos em modelos de startups, ágeis, flexíveis e escaláveis? Como transformar um time CLT em founders? Qual modelo de governança para não sufocar esta iniciativa? Estrutura de captable, programa de vesting ou stock options, product market fit, fundraiser, modelo tributário, riscos, go to market entre vários outros pontos relevantes que não estão dentro do escopo conhecido de uma grande corporação, e sobretudo, não criar uma distração organizacional impactando nos resultados da companhia.
O modelo de Corporate Venture Building (CVB) vem exatamente para resolver estes problemas, aportando nas organizações um novo mindset, tendo como base o lean Startup, trazendo um conjunto de ferramentas, práticas e métodos consagrados mundialmente, haja vista o crescente número de startups e por que não dizer dos unicórnios, startups que tem o seu valor acima de 1 bilhão de dólares.
O Corporate Venture Spin-off (CVS), é para nós, uma ramificação e especialização do modelo de CVB, com o objetivo de transformar projetos internos de grandes empresas em um modelo e concepção de startups, com a criação de uma nova empresa (spin-off), através de metodologia de Venture Builder.
Paulo Justino é Fundador e CEO da FCJ Venture Builder, investidor e mentor de startups. Possui 36 anos de experiência na área de tecnologia. Atuou como CIO no Triângulo Mineiro e como diretor comercial por 15 anos. É formado em Administração pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e em Marketing pela Estácio de Sá.