A SoluBio, empresa que trabalha com a produção de bioinsumos nas fazendas, investirá na startup Biotecland, que é especialista em microrganismos, para, pela primeira vez no Brasil, produzir microalgas no sistema OnFarm. De acordo com o CEO da SoluBio, Alber Guedes, neste primeiro ano será investido R$ 1,4 milhão para instalação de 10 projetos pilotos, que serão divididos em diversas regiões do país.
A união das soluções oferecidas pelas marcas tem o poder de regenerar o solo, absorver mais CO², ajudar no combate de pragas e trazer mais resistência às plantas, com menos custo e mais sustentabilidade. A expectativa das empresas é que, em até três anos, a nova solução atinja o faturamento de R$ 23 milhões. Caso esse valor seja alcançado, a SoluBio passará a ter 51% da Biotecland.
“Nós vimos a possibilidade da produção de algas OnFarm e desenhamos um modelo de negócio para a Biotecland como o que já realizamos na SoluBio, que é em esquema de comodato, de ponta a ponta, com todos os profissionais necessários para realizarem desde a implantação até a manutenção da aplicação. É um modelo de produção de baixo custo para o produtor, custa entre R$ 40 e R$ 50 para aplicação de uma carga de 6 a 8 litros por hectare”, afirma Alber.
A única diferença do modelo já seguido pela SoluBio para o que será implantado, ainda nesta safra, para a Biotecland é a estrutura necessária para a produção de microalgas. Segundo Alber, ao invés dos containers que ficam nas fazendas abrigando as biofábricas que produzem os bioinsumos, serão instaladas estufas agrícolas com fotobiorreatores, já que as algas precisam de luz para a fotossíntese.
O pesquisador Dágon Ribeiro, responsável pela Biotecland, explica que a startup, fundada em 2020, em Brasília, é a única do Brasil a trabalhar com microalgas. “As microalgas têm a capacidade de melhorar a qualidade do solo, pois promovem maior disponibilidade de NPK; capturar maior quantidade de carbono no solo; e melhorar a eficiência da adubação. Além disso, elas aumentam o crescimento foliar e radicular no ciclo vegetativo das plantas, fazendo com que elas sejam mais resistentes a mudanças climáticas e mais fortes para combaterem ataques de pragas e doenças no campo”, conta Dágon.