O SoftBank anunciou a desistência de uma oferta pública de aquisição de US$ 3 bilhões em ações adicionais da WeWork, apesar de acordo feito no ano passado com acionistas, atraindo ameaças jurídicas e agravando ainda mais a crise da empresa de escritórios compartilhados.
O Softbank disse em comunicado que devido ao seu dever com os acionistas não poderia mais continuar com a transação e citou investigações criminais e civis na startup, o fracasso da WeWork em reestruturar uma joint venture na China e o impacto da pandemia de coronavírus.
Um comitê especial do conselho da WeWork disse que estava decepcionado e está considerando “todas as suas opções legais, incluindo litígios”.
A decisão do SoftBank de suspender a oferta significa que a empresa japonesa não é mais obrigada a prosseguir com o financiamento de dívidas de US$ 1,1 bilhão para a WeWork. Isso também destacou a profundidade do caos na WeWork, que está passando por uma reestruturação drástica e cujos resultados estão em risco, pois muitos países estão mandando a população ficar em casa devido à pandemia.
“A WeWork está com problemas reais e a saída do SoftBank da compra de ações piora substancialmente a situação”, escreveu Richard Windsor, analista independente, em nota.
O próprio SoftBank está sob crescente tensão financeira, com suas apostas em empresas de tecnologia sendo pressionadas pelo investidor ativista Elliott Management, o que levou a empresa a fazer uma promessa radical de levantar US$ 41 bilhões com venda de ativos para arrecadar dinheiro para recompras de ações e reduzir a dívida.