O Softbank fez a aquisição de 51% da Cubic, uma startup irlandesa de internet das coisas com foco no setor automotivo e de transporte, por 473 milhões de euros. Com isso, a empresa Valid se prepara para embolsar 32,1 milhões de euros com a venda de 67,5% da sua participação minoritária na Cubic.
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O valor supera em mais de três vezes o investimento inicial da companhia no negócio, de 10 milhões de euros, feito em 2017. O Softbank fez a aquisição incluindo as fatias de outros acionistas da empresa, como a Qualcomm e a Cariad, braço de software da Volkswagen. A Valid possuía participação de aproximadamente 6% e, pelo acordo, vai manter a fatia remanescente no negócio pelos próximos dois anos. Até lá, a companhia decidirá se vai permanecer ou sair por completo da investida.
A Cubic opera em mais de 190 países, principalmente no mercado europeu, com 17 milhões de dispositivos conectados. Durante a transação com o Softbank, que envolveu uma avaliação de 900 milhões de euros, o Softbank adquiriu o direito a três assentos no conselho de administração da Cubic.
A plataforma da Cubic possibilita que fabricantes de automóveis monitorem, gerenciem e atualizem as funcionalidades de veículos globalmente, utilizando conectividade móvel. Dessa forma, é possível adaptar remotamente os automóveis aos requisitos regulatórios de conectividade de cada país ou região em que são comercializados. Com essa aquisição, o Softbank entra no setor de IoT para carros conectados, proporcionando à Cubic a oportunidade de acessar o mercado asiático.
Ivan Murias, CEO da Valid, afirmou que toda a expertise da Valid no mercado de chips telefônicos, sistemas operacionais e conectividade esteve à disposição da Cubic. No entanto, para atingir uma escala global dentro de um único segmento, que é o setor automotivo, a Valid reconhece a necessidade de um parceiro com expertise adicional.
A decisão de vender parte da participação na Cubic está alinhada à estratégia da Valid de priorizar investimentos no Brasil, onde a empresa é líder na emissão de CNHs (80%) e RGs (60%), além da produção de chips para cartões de débito e crédito. O foco da empresa é expandir na área de identificação digital, combate a fraudes em meios de pagamento, e digitalização de produtos para prefeituras e governos.
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