O senador dos EUA Michael Bennet questionou a Meta, o X, o TikTok e o Google sobre como os gigantes da tecnologia estavam tentando impedir a disseminação de conteúdo falso e enganoso sobre o conflito Israel x Hamas em suas plataformas.
“Conteúdo enganoso apareceu nas redes sociais desde o início do conflito, recebendo às vezes milhões de visualizações”, disse Bennet na carta dirigida aos chefes da empresa, segundo a Reuters. Imagens de conflitos mais antigos, imagens de videogames e documentos alterados são alguns conteúdos divulgados nas redes sociais desde o ataque em Israel feito pelo Hamas em 7 de outubro.
“Em muitos casos, os algoritmos das suas plataformas amplificaram este conteúdo, contribuindo para um ciclo perigoso de indignação, envolvimento e redistribuição”, disse Bennet, que na carta fez uma série de perguntas às empresas buscando detalhes sobre suas práticas de moderação de conteúdo e devem responder até 31 de outubro.
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Respostas das redes sociais
As empresas descreveram algumas medidas que tomaram nos últimos dias em resposta ao conflito. O Tiktok informou que evoluiu os sistemas proativos de detecção automatizada em tempo real à medida que identifica novas ameaças, isso permite detectar e remover automaticamente conteúdo gráfico e violento para que nem os moderadores, nem os membros da comunidade sejam expostos a ele. Também contrataram mais moderadores de conteúdo que falam árabe e hebraico. Além de outras iniciativas.
A Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, disse ter removido ou marcado como perturbador mais de 795 mil conteúdos em hebraico ou árabe nos primeiros três dias desde o ataque do Hamas. E também estabeleceu um centro de operações especiais com especialistas, incluindo falantes fluentes de hebraico e árabe, para monitorar de perto e responder em tempo real a esta situação em rápida evolução.
O X, antigo Twitter, e o YouTube, de propriedade do Google, disseram que também retiraram conteúdo prejudiciais.
Mas Bennet disse que essas ações não foram suficientes. “A montanha de conteúdo falso demonstra claramente que as suas políticas e protocolos atuais são inadequados”, afirmou segundo a Reuters. O senador também criticou as quatro empresas por terem demitido funcionários de suas equipes de confiança e segurança no ano passado, responsáveis pelo monitoramento de conteúdo falso e enganoso. “Estas decisões contribuem para uma cascata de violência, paranóia e desconfiança em todo o mundo.”
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