* Por Ivanir França
Criado em 1962, nos EUA, o dia do consumidor é comemorado no dia 15 de março e desde 2014, ganhou importância no Brasil, sendo considerado pelos lojistas como a “black friday” do primeiro semestre.
Em 2020, o dia, que se tornou semana, movimentou R$ 3,62 bilhões, com um crescimento de 47%, comparado a 2019. Em 2021, foram realizados mais de 7,1 milhões de pedidos no varejo brasileiro, movimentando R$ 6,3 bilhões, número que representa crescimento de 85% em relação a 2020.
Entre os produtos mais vendidos, como já ocorre há algum tempo, temos bens de consumo como celulares e eletrônicos. Para 2021, os livros — na segunda posição, remédios na terceira e vestuário fitness ganham protagonismo, devido às mudanças de comportamento oriundas da pandemia. No comparativo histórico, estes produtos nem mesmo aparecem entre os mais vendidos na web em 2020.
No segmento de delivery, o crescimento no interior do país foi de 128% em GMV (Gross Merchandising Volume). Em número de pedidos, o crescimento foi de 94%, com destaque para farmácias (1114%) e pet shops (783%). Os setores vêm quebrando recordes e se tornam exemplos concretos da digitalização do consumo. Dados de mercado mostram que em 2020, o delivery foi responsável por 81% da receita de farmácias em todo o Brasil.
Além destes setores, água e gás com 98% e supermercados com 164%, fecham a lista de verticais que aderiram ao delivery no início da pandemia e vêm conquistando novos clientes para o modelo de entrega à domicílio.
Desempenho do food service na semana do consumidor
O setor de alimentação responde atualmente por mais de 95% dos pedidos feitos via delivery em todo o Brasil. É evidente, o cenário está mudando, e a digitalização vem abrindo espaço para novos produtos e o Brasil caminha, assim como os EUA e a China, para um mercado cada vez mais acostumado a usar o delivery e o e-commerce na hora de consumir.
Essa maturidade reflete no food service, que vê um crescente equilíbrio entre os dias e horários de vendas em delivery. Hoje, ao contrário de anos anteriores, por exemplo, a terça-feira (100%), manhã (149%) e tarde (117%) são os períodos que mais apresentaram crescimento em relação a 2020. Na análise absoluta, sexta, sábado e domingo, à noite, mantém sua hegemonia, como os dias e horários com maiores vendas em delivery.
Produtos mais vendidos
No balanço anual, a categoria Lanches superou o Xis (hambúrguer) e a pizza entre os alimentos mais vendidos em 2020. Contudo, a pizza vem forte para recuperar seu lugar em 2021. O produto foi o mais vendido na semana do consumidor, apresentando um crescimento de 64% em relação ao ano anterior.
Seguindo a lista, o Xis (hambúrguer) aparece na segunda posição, esfiha na terceira, açaí em quarto e a marmita na quinta posição. O almoço é um dos horários que vêm ganhando destaque e registrou, na semana do consumidor de 2021, um crescimento de 110% e 177%, em pedidos e GMV, respectivamente. A marmita é a grande estrela do horário, tendo um crescimento de 117% em número de pedidos e 168% em GMV.
Outros produtos que merecem destaque são o pão francês, que foi o quarto produto mais pedido durante a semana do consumidor. Além dele, com crescimento de 92%, os refrigerantes também se destacaram durante o evento. O produto que na grande maioria dos pedidos vêm atrelados a outros alimentos, por exemplo, pizza grande + refri, cresceu 92%. No segmento, o produto mais vendido foi Coca-Cola, com crescimento de 94% em relação a 2020, com destaque para a versão 2 litros.