* Por Ana Flávia Carrilo
Startups nascem para solucionar problemas. Esse é um dos conceitos básicos do nosso mercado e que depois de anos de repetição, parece que foi internalizado pelo mercado. Mas por si só, essa frase pode ser mais bem desenvolvida. Afinal, dois outros pontos são fundamentais para essa equação: é preciso que exista um problema real e que essa solução seja repetível e escalável para, de fato, ser uma startup.
Hoje, vou focar aqui especialmente nele: o problema. Quando falamos sobre isso, estamos nos referindo a uma dor real na vida de algumas pessoas, a ponto de fazê-las pagar por um serviço, aplicativo ou ferramenta que resolva essa questão em suas vidas. Em resumo: uma solução que gere demanda e consequentemente, clientes (afinal, startup é, antes de tudo, uma empresa).
Pensando por essa perspectiva, em desafios que podem ser solucionados a partir de uma ideia disruptiva e inovadora, podemos fazer uma extensa lista de oportunidades, ainda mais pensando no mercado brasileiro. E é a partir dessa lista de oportunidades que nasce o que chamamos de segmentação das startups – nome dado ao setor o qual aquela startup aplica sua tecnologia.
Normalmente, o segmento é identificado pelo termo em inglês do setor mas o sufixo tech (em referência a tecnologia). No mercado, alguns segmentos comuns e consolidados são agtechs (startups de agronegócio), health techs (saúde), edtechs (educação), fintechs (finanças), e por aí vai.
Mas você sabia que esse cenário tem crescido cada vez mais? Startups já provaram o valor do meu modelo de negócio e vem conquistando cada vez mais oportunidades em novos setores da economia. Alguns dos destaques recentes estão nas salestechs (vendas), logtechs (logística), touristechs (turismo) e sportechs (esportes), por exemplo.
Atualmente, na base de dados da Abstartups, mapeamos 45 segmentos de startups, mas a lista não para de crescer. Isso é sinal do impacto e crescimento das startups em todo país e a tendência é que continue crescendo e muitas novas “techs” se desenvolvam no mercado.
E se a sua startup faz parte de algum segmento ainda pouco falado no mercado, essa é a oportunidade: até dia 19/09 está aberta a captação do Mapa das Startups, estudo nacional da Abstartups para trazer informações sobre o cenário do nosso ecossistema.
E não deixe de acompanhar essa coluna, que nos próximos meses vamos conversar sobre os principais insights e números importantes sobre nosso ecossistema. Até lá!
Ana Flávia Carrilo é Coordenadora da área de Informação na Associação Brasileira de Startups (Abstartups), responsável por mapear, gerar os estudos, dados e reports de mercado da instituição com o objetivo de fomentar o ecossistema empreendedor brasileiro.