Hollywood se tornou palco de uma nova batalha, desta vez fora das telonas. Estúdios de cinema começaram os testes com roteiros de filmes totalmente criados por inteligência artificial, o que não agradou os roteiristas que comentaram que os resultados podem pecar na criatividade e gerar semelhanças com outros produtos de empresas distintas.
“O desafio é garantir que essas tecnologias sejam utilizadas pelos roteiristas e não ferramentas utilizadas para substituir os escritores”, afirma John August, roteirista de Big Fish e Aladdin, que também é membro do comitê de negociação do WGA para 2023. “A preocupação é que, no futuro, algum produtor ou executivo possa tentar usar uma dessas ferramentas para fazer um trabalho que um escritor realmente precisa de fazer.”
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No começo das plataformas de IA, não havia receios, porque os roteiristas não pensavam que a ferramenta pudesse substituí-los. Mas isso mudou com o avanço da tecnologia e hoje, a IA é um ponto-chave nas negociações com o sindicato dos roteiristas.
De acordo com Amy Webb, fundadora e CEO do Future Today Institute, a utilização da ferramenta já vem acontecendo. “Algumas pessoas de alto nível me perguntaram se, no caso de uma greve, poderiam criar rapidamente um sistema de IA para escrever os roteiros”, afirma.
Roteiristas de Hollywood entram em greve pela não utilização de IA nas produções
Embora a IA seja apenas mais uma das questões em discussão durante a greve, junto com a regulamentação das chamadas mini-rooms (pequenas salas de roteiristas que são convocadas antes de um projeto ser aprovado) e pisos salariais, os especialistas dizem que Hollywood não deve ignorar a discussão sobre a utilização das IAs.
Essa é a segunda greve realizada por roteiristas e escritores, que foram de encontro às plataformas de streaming em 2007.
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