Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, testes para a detecção do coronavírus são enviados para o Instituto Adolfo Lutz, na capital, e demoram até três semanas para que os resultados sejam obtidos. Para acelerar esse processo na cidade, o Supera Parque de Inovação e Tecnologia forneceu a estrutura física de seus laboratórios, que estão sendo adaptados e transformados para servirem de locais onde as análises são realizadas.
“A intenção é direcionar a testagem para uma parcela da população mais vulnerável social e economicamente. Dessa forma, reduziremos a sobrecarga no sistema de saúde”, diz Saulo Rodrigues, gerente da Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica.
Com a parceria, a intenção é diminuir esse total para alguns dias. “Os laboratórios não estão dando conta da própria demanda. Com base nessa realidade, empresas da área da saúde, em parceria com o Supera Parque, estão atuando para fazer os exames na cidade”, informa Marcos Santos, CEO da Onkos, uma das empresas sediadas no Supera Parque.
Segundo ele, a intenção é que a cidade seja referência nacional no quesito testagem. “Queremos testar o máximo de pessoas nesse momento, é uma das estratégias mais eficazes para reduzir a proliferação do vírus na população. Porém, os recursos disponíveis hoje em Ribeirão Preto para elaboração dos testes são insuficientes para toda a demanda”, avalia Santos.
Parceria
Para a compra dos insumos e reagentes imprescindíveis para a realização das análises, entretanto, o Supera está organizando uma campanha para captar doações.
Para ajudar, é necessário fazer uma doação através do link. “Estamos conversando com muitas empresas e batalhando os recursos. O projeto está em andamento e buscamos formas de concretizá-lo”, destaca Santos.
Marcos ressalta, entretanto, que o Supera Parque não está recebendo, ainda, pessoas interessadas em fazer o teste. “Essa etapa será posterior. Estamos cuidando primeiro da infraestrutura”, diz ele.