Leandro Scalise, CEO da RankMyApp, formou-se em administração e se identificou com as áreas de marketing e empreendedorismo. Em 2013 ele se juntou a uma startup alemã que geolocalizava as melhores ofertas de supermercados, ocupando o cargo de diretor de marketing da operação brasileira dessa empresa que teve um bom desempenho na Alemanha, mas no Brasil não conseguiu monetizar.
Em 2014, Leandro começou a estudar o mercado de marketing de aplicativos e percebeu que não havia nenhuma plataforma que oferecesse análise de dados para que profissionais brasileiros que atuam nessa área pudessem fazer benchmarks (comparar desempenho de um produto); monitorar a concorrência e otimizar seu marketing. “E foi assim que decidi montar a minha própria startup em maio de 2015, dentro do programa de aceleração da Farm”, comenta o CEO.
Como funciona a plataforma da RankMyApp
A RankMyApp traz uma visão 360º do aplicativo de cada cliente, a startup utiliza dados como estimativa de downloads dos concorrentes e usuários ativos por dia e por mês. Além disso, a plataforma também disponibiliza um ranking de palavras-chave, categoria dos App Store e análise de sentimento das avaliações dos usuários nas lojas. “Também oferecemos um atendimento consultivo para mostrar para o cliente como ele pode otimizar e melhorar o aplicativo”, diz Leandro.
O CEO ainda acrescenta que hoje a RankMyApp tem a maior base de dados sobre aplicativos do Brasil. Diariamente os crawlers (robôs) da startup coletam todos os dados dos aplicativos dentro do Google Play e da App Store, em até 4 vezes por dia para disponibilizar as informações mais assertivas para os clientes. “Usamos também tecnologias como NLP (processamento de linguagem natural) para processar e categorizar dados de reclamações e bugs automaticamente”.
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Camelo x Unicórnios: Quem consegue sobreviver em meio à crise?
As startups camelos, diferente dos unicórnios, são empresas que não receberam investimento e cresceram com o capital inicial investido. O foco principal dessas corporações é crescer de forma sustentável e rentável.
A RMA levantou rodadas de investimentos – cujo o valor não foi revelado – entre 2016 e 2017 que contou com grandes nomes como Bossanova Investimentos, Distrito, Wayra, Alchemist Accelerator e investidores-anjo dos Estados Unidos. No final de 2019 receberam mais uma rodada série A, que contou com a participação da KPTL, para investir em inovação e M&A.
“Mesmo com esses aportes mantivemos o nosso foco em rentabilidade e em 2018 nos tornamos lucrativos, o que tem nos ajudado a passar por momentos de crise sem grandes prejuízos”, comenta Leandro. “Não quero parecer pejorativo aos unicórnios, mas acredito que somos apenas um animal diferente”.
Entre 2020 e metade de 2022 a RMA cresceu exponencialmente, fazendo com que o número de funcionários triplicasse, já que a demanda por marketing digital obteve um grande crescimento. “Como os orçamentos de marketing diminuíram no segundo semestre de 2022, também congelamos o crescimento do time e vamos aguardar como bons camelos. Ao mesmo tempo, continuamos lançando novas tecnologias e produtos para nossos clientes”, diz o CEO.
Próximos passos da RankMyApp
Contando com um time composto por 280 rankers – como são chamados os colaboradores–, hoje a RMA atende mensalmente uma média de 400 empresas, dentre elas: Magalu, Itaú, 99, Polishop e Claro. A startup está presente em 19 países, sendo os principais Brasil, México, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Portugal, e mesmo não abrindo os números do faturamento do último ano, segundo Leandro o crescimento de receita obtido em 2022 comparado a 2021 teve um crescimento de 35%.
Para os próximos anos o RMA irá focar em levar uma oferta completa de marketing e atendimento ao cliente (CX) para médias e grandes empresas. “Estamos expandindo nossa tecnologia para outros canais como websites, redes sociais, whatsapp, reclame aqui, entre outros, para trazer uma visão 360° da presença digital do cliente”, diz o CEO.
“Realizamos uma pesquisa com 1.000 profissionais de marketing dos que trabalham com apps, e 85% disseram conhecer nossa marca e só 15% dos que não trabalham com aplicativos nos conhecem. Então além do crescimento no produto a meta também é ganhar maior reconhecimento de marca nesse novo mercado”, finaliza.
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