Ontem publicamos um vídeo com especialistas dizendo que há técnicas e estratégias básicas para que um aplicativo ganhe destaque dentro das lojas de apps. Esse conjunto de técnicas e estratégias é algo novo, hoje chamado de ASO (App Store Otimization). É justamente uma espécie de SEO para aplicativos.
Na última semana tive a oportunidade de ir até a Germinadora e conversar com o pessoal da Eyso, uma startup brasileira que descobriu o potencial do mercado de ASO e está prestes a lançar uma plataforma para ajudar a estruturar este segmento. Falei com os quatro cofundadores da Eyso (Ludmilla Veloso, Romulo Gomes, Pedro Marins, e Guilherme Brito), que explicaram sobre sua trajetória, como está sendo o trabalho de desbravar esse novo mercado e seus planos para o futuro.
Tudo começou há quatro meses em um Bootcamp da Germinadora. No processo, candidatos a empreendedores passam por diversas rodadas até conseguirem encontrar a equipe ideal e formar uma nova ideia de negócio.
Eles se conhecerem no Bootcamp, descobriram o conceito de ASO e passaram por uma primeira fase para validar a ideia. Após os testes (bem-sucedidos), entraram na segunda fase, de consultoria. “Por enquanto somos uma consultoria on demand, pegando nosso conhecimento e oferecendo a alguns clientes”, diz Marins.
O próximo passo será dado na Campus Party, quando eles lançarão o sua plataforma de ASO, com ferramentas automatizadas, e convidarão alguns desenvolvedores para testá-la. “Agora queremos informatizar esse conhecimento para criar uma plataforma mais mainstream e com alcance mundial”, explica Marins.
SEO vs ASO
“O grande desafio de trabalhar com ASO é que não há muitas informações disponíveis, nós estamos conversando com a Google Play e App Store para conseguir mais conhecimento”, comenta Gomes. Segundo ele, SEO e ASO são coisas completamente diferentes, com regras diferentes. “Há algumas poucas semelhanças do Google Play com SEO tradicional para Google porque ambos são da mesma empresa, mas não é muita coisa”, diz.
Além disso, a principal diferença é que no caso do SEO tradicional o cliente consegue um feedback detalhado do que está funcionando ou não. “No caso dos aplicativos há apenas o número de downloads e o de downloads engajados. Não existe um Google Analytics para mobile, e é justamente isso que queremos criar”, diz Veloso.
Por enquanto, a Eyso está trabalhando em bootstrapping e não vê necessidades de investidores. “No momento queremos desenvolver nossos negócios e atender à demanda reprimida que existe por ASO”, diz Veloso. Para isso, o maior desafio é mostrar ao mundo que existe ASO e que há empresas, como a Eyso, que trabalham justamente para otimizar aplicativos. “Quando mostramos que existe otimização para aplicativos, a associação com o SEO tradicional é automática e as pessoas já querem o serviço na hora”, comenta Gomes.