O processo de aceleração tem como objetivo ajudar os empreendedores a chegar a um estágio mais avançado em seus negócios. Na maioria das vezes, a aceleradora investe capital na startup e após o processo de aceleração, tem direito a uma participação na empresa. Apesar de variar de acordo com a aceleradora, em média o período que as startups ficam em processo é de 5 a 12 meses. Após esse tempo, as aceleradoras continuam em contato com as startups para acompanhar seu desenvolvimento.
Durante a Campus Party 2016, Rafael Marchesano, coordenador de aceleração da Aceleratech, mediou um painel com Oswaldo Fernandes (Baita), Thiago Paiva (Wayra), Pedro Henrique (Jump Brasil), representantes de Aceleradoras que debateram sobre o melhor momento para ser acelerado e como uma aceleradora pode auxiliar uma startup.
Para começar, a própria palavra “aceleração” já indica que o seu negócio precisa estar em movimento. Empresas que ainda estão na fase inicial, com apenas uma ideia de negócio, não terão o mesmo aproveitamento de uma startup que já tenha produto e que por exemplo, já está focando nas vendas. As aceleradoras auxiliam na parte comercial, contato com investidores e clientes, participação em eventos e etc.
Caso você tenha apenas uma ideia, existem programas de pré-aceleração,que ajudam os empreendedores a validar o negócio, preparando-o melhor para o processo de aceleração. Outra dica é participar de eventos como o Startup Weekend, onde em um final de semana você pode sair de lá com seu produto validado.
Normalmente as inscrições para o processo de aceleração são abertos nos sites das próprias aceleradoras, você submete sua ideia e depois pode ser chamado para apresentar seu negócio presencialmente. E o que as aceleradoras levam em consideração na hora de selecionar as empresas? Durante o painel foi unânime, todos destacaram que o time é parte fundamental para uma startup. É importante ter uma equipe com competências complementares e não apenas programadores. Outra coisa que é levada em consideração na hora da escolha, é se a startup está realmente solucionando um problema de um nicho relevante do mercado.
Rotina dentro da aceleradora
Normalmente nas primeiras semanas é feito um diagnóstico sobre a empresa para fazer o empreendedor entender mais e melhor sobre o seu negócio e como o processo de aceleração pode contribuir para sua startup. São feitas reuniões semanais onde são estipuladas metas que precisam ser cumpridas. As aceleradoras também realizam workshops e sessões de mentoria para que os empreendedores troquem experiências.
Muitos empreendedores acabam optando por aceleradoras em cidades diferentes daquelas em que residem. E nesse caso, é preciso estar presencialmente durante todo o processo de aceleração? Não necessariamente, mas é importante que pelo menos uma pessoa da equipe esteja presente e se possível, a responsável pela tomada de decisões.
Vale ressaltar que durante o processo de aceleração você tem contato com os outros empreendedores, que as vezes já passaram por problemas parecidos com o que você está enfrentando e essa troca de experiências é muito rica.
As aceleradoras ajudam as startups a vender suas soluções?
O papel da aceleradora não é fazer a operação, apenas ajudar a crescer e acelerar dando o direcionamento e os recursos para que os protagonistas, os empreendedores, façam o serviço.
“A aceleradora não será o vendedor de nenhuma startup, é importante ter a noção de que sua função como CEO é vender, e a aceleradora te colocará em contato com possíveis clientes. A aceleradora ajuda o empreendedor a alcançar seu sonho de forma mais rápida”, destaca Thiago Paiva, Head de aceleração da Wayra Brasil.