Conhecido por ser um dos cofundadores da Uber, Travis Kalanick foi um dos responsáveis por transformar a atuação do aplicativo de mobilidade, que saiu de sua simples operação na cidade de São Francisco para se tornar uma marca mundial. Sendo CEO da empresa entre 2010 e 2017, Travis foi afastado do cargo pelos investidores e sócios da Uber por sua personalidade forte e polêmicas no ambiente de trabalho.
Com uma fortuna avaliada em US$ 2,8 bilhões, segundo a Forbes em 2021, Travis se mostrou um entusiasta do empreendedorismo e do mundo de startups. Em 1998, ainda cursando Engenharia da Computação, o executivo fundou o Scour, ferramenta voltada para compartilhamento de músicas e vídeos, mas a cobrança por direitos autorais das músicas acabou acarretando no fracasso do negócio.
Em 2001, ele se tornou um dos fundadores da Red Swoosh, que se aproveitava do modelo do Scour, mas incluia novas funções ligadas à internet, que foram possíveis graças ao lançamento da banda larga. O negócio foi vendido por um valor milionário em 2007, mas Travis já era acompanhado por polêmicas: investigações da época suspeitavam que o executivo praticava fraude Fiscal. Mas foi na saída do negócio que Travis entrou de cabeça no projeto que mudaria sua vida por completo.
O nascimento da UberCab
Em 2010, Travis Kalanick se juntou à Garrett Camp, e juntos criaram o esboço do, hoje mundialmente conhecido, aplicativo de mobilidade. A dupla teve a ideia de trazer para o mundo digital um serviço de motorista privado, nascendo a UberCab, que na época funcionava apenas na região de São Francisco, nos Estados Unidos.
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A ideia do negócio surgiu de uma viagem da dupla à Paris, quando os executivos não conseguiram encontrar um táxi durante a madrugada, e resolveram criar uma maneira de solicitar um motorista por meio de um smartphone.
A saída de Travis Kalanick da Uber
Mesmo sendo um dos principais responsáveis pela transformação da Uber de uma empresa local para algo mundial, Travis foi visto com maus olhos por alguns investidores e sócios da empresa. Durante sua gestão de sete anos como CEO da empresa, o executivo foi acusado de atitudes machistas e antiéticas. Além disso, acumulou polêmicas fora da empresa. Em um dos casos mais notórios, ele é filmado em uma discussão com um motorista de Uber Black.
Existia a expectativa para a volta de Travis Kalanick, porém, o cofundador do grupo Garrett Camp, negou que isto aconteceria. Desde então Dara Khosrowshahi assumiu seu posto.
Novas empreitadas e polêmicas de Travis Kalanick
Depois de sair da Uber, Travis se tornou o gestor da CloudKitchens, rede de cozinhas compartilhadas focada em entrega de alimentos por meio de delivery. Avaliada em US$ 15 bilhões, após um aporte de US$ 850 milhões recebido em 2021, a CloudKitchens passou a ser comandada por Kalanick em 2018.
Em reportagem feita pelo site americano Business Insider, centenas de funcionários da foodtech deixaram seus empregos justificando questões como trabalho excessivo, tratamento precário, pagamento insuficiente e discriminação, entre outros problemas.
Entre os processos sofridos pela empresa, destaca-se o de Corinne Specter, ex-recrutadora que trabalhou por quase dois anos na CloudKitchens. Na ação, Specter alega que a companhia não realizou o pagamento de horas extras e não permitiu que ela tivesse intervalos mínimos de 30 minutos para realizar refeições.
De polêmico empreendedor à tema de série de Hollywood
Em 2022, Travis voltou aos holofotes do mercado e foi escolhido como tema da série
“Super Pumped, The Battle for Uber”, disponível no streaming Paramount+. A série é uma adaptação de uma matéria realizada pelo New York Times e conta a trajetória do executivo ainda no comando da Uber.
A série mostra os dois lados de Travis, tanto como um empreendedor de sucesso quanto como um péssimo gestor que maltratava seus funcionários e os fazia passar por situações degradantes.
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