* Por Jéssica Lima
Nos últimos dois anos o mercado de eventos precisou se reinventar, com a impossibilidade dos encontros presenciais foi necessário encontrar formas de seguir, e no ecossistema de inovação não foi diferente.
Passado o susto da mudança, percebemos que os eventos virtuais poderiam possibilitar o rompimento de diversas barreiras físicas e abrir espaço para novas mudanças, como o metaverso, mas agora com a possibilidade de um retorno presencial responsável, precisamos analisar as duas possibilidades e entender quais experiências queremos ter em eventos a partir de agora.
Na Abstartups conseguimos trazer parte da experiência dos eventos presenciais para o online. Durante o CASE (Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo) do ano passado, por exemplo, conseguimos trazer grandes nomes para palestras e replicar a experiência das mentorias por meio de encontros virtuais e investir em uma nova experiência em metaverso.
No entanto, quando falamos do ecossistema de inovação precisamos pensar no que os eventos virtuais nos tiraram: a possibilidade de um networking amplo com pessoas, soluções e desafios diferentes.
É claro que mesmo durante a pandemia vimos muitos avanços para o ecossistema. A startup Communy, sediada em Manaus, por exemplo, recebeu R$ 400 mil de aporte da Bossanova Investimentos em outubro de 2020. Foi a primeira vez que a Bossanova investiu em uma startup do Amazonas e foi no auge da pandemia de Coronavirus.
Mas startups são movidas por conexões e presencialmente essas conexões parecem gerar laços mais fortes.
Em conferências e feiras de negócios é possível conhecer outras startups da sua vertical ou parceiros que ofereçam soluções que você precisa no momento, além de expor o seu negócio para investidores e outros agentes. E nada supera a experiência de um pitch cara a cara, a confiança que é possível criar em uma conversa dentro de um estande, ou a conversa com um especialista falando diretamente sobre uma dor da sua startup depois de um simples levantar de mãos. Além do fato de que as exposições de marca também funcionam muito melhor em um espaço físico dedicado a isso.
É por isso que esse ano diversos eventos do nosso ecossistema voltaram a ser encontros presenciais. Esse ano a Abstartups já realizou o StartupOn Campo Grande presencialmente e tem preparado outras edições do evento para dar visibilidade para comunidades locais. Além disso, em 2022, o CASE, um dos maiores encontros de startups da América Latina, volta ao formato presencial para que essas conexões aconteçam entre startups de todo o país!
Esperamos que os aprendizados da pandemia não sejam esquecidos e que soluções de tecnologia continuem sendo utilizadas em eventos do ecossistema, mas acreditamos que muitas conexões ainda serão criadas olho no olho.
Jéssica Lima é formada em publicidade e propaganda, e somou sua paixão por escrever com outras habilidades para mergulhar no universo do marketing digital. Faz parte do time de marketing da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), ajudando a divulgar histórias de inovação de todo o País.