A Creator Economy – ou economia de criadores – foi destaque na Maratona de Inovação, evento realizado pela ArcelorMittal em Belo Horizonte na última quarta-feira. O termo define negócios ligados e realizados por influenciadores digitais, que teve seu início por volta de 2010 e que só cresceu desde então.
O painel “Creator Economy: Influência a favor do futuro” recebeu três participantes para discutir o momento atual e futuro do mercado de influenciadores digitais. Mediado por Roberta Machado, CEO da InPress, o painel teve os palestrantes Alexandre Abramo, do Hotmart, e Maicon Santini, influenciador digital, que discutiram suas experiências pessoais e vividas ao longo do mercado.
O TikTok divulgou recentemente que alcançou a marca de mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês ao redor do mundo, com cerca de 74,1 milhões de usuários ativos no Brasil. Em relação a contratos fechados com marcas em 2021, cerca de US$ 13,8 bilhões foram ofertados, enquanto em 2022 o número já subiu para aproximadamente US$ 16,4 bilhões.
O crescimento Creator Economy
Falando sobre seu início na internet, Maicon diz que teve dúvidas ao definir seu conteúdo inicial e explica que a internet tinha muitos creators que faziam mais do mesmo. “Em 2010 eu me questionava, o que eu vou fazer na internet? Já tem tanta gente ocupando todos os espaços possíveis. Corta para 2023 e aqui estou eu vivendo da internet depois de passar por muitos estresses”, brinca o influenciador.
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Ele diz que começou participando e produzindo vídeos para o YouTube para outros canais, até que percebeu que ganha mais dinheiro quem aparecia mais, e quis fazer a transição para essa função. O influenciador afirma que o YouTube começou sendo a principal base de influenciadores digitais que criavam conteúdos variados, como vídeos informativos, humor ou vlogs.
O surgimento de novas plataformas
Os painelistas veem como positivo o aparecimento de outras plataformas para os creators. Hoje em dia é nítido que cada rede social possui sua linguagem, o que facilita a usabilidade do usuário. Sendo a principal plataforma desde o início, o YouTube perdeu força de mercado pela nova tendência de vídeos curtos, que não é o forte do streaming.
“Antigamente a base da internet era o YouTube, se você viralizou na plataforma, você era uma prova de sucesso. Hoje em dia o mercado mudou, geralmente você vê cortes de mídias do YouTube em outras redes sociais e são esses vídeos que realmente viralizam”, comenta Alexandre Abramo, Diretor Global de Desenvolvimento de Negócio da Hotmart.
Alexandre aborda o crescimento de plataformas de vídeos curtos, como o TikTok, e diz que a rede social se tornou o terceiro principal meio de busca, depois de Google e YouTube. Essa velocidade desenfreada de novos vídeos impactou também no período em que um post se torna viral, que antes durava meses e que agora dificilmente ultrapassam 3 dias.
Novas oportunidades de mercado
Os participantes concordaram que o crescimento de outras plataformas passou a oferecer para o mercado novas oportunidades de trabalho. Alexandre exemplifica com um dos criadores da Hotmart. “Nós temos como parceiro um mecânico especialista no conserto de máquinas domésticas. No perfil dele, você encontra vídeos específicos de cada modelo, e ele entrega vídeos dos principais equipamentos do mercado. Onde esse cara estaria sem a internet? Provavelmente só com a oficina dele. Com o canal, ele consegue gerar uma renda extra.”
Ao debater essa nova possibilidade, os especialistas concordaram que a posição de creator é muito abrangente, e muito mais do que apenas influenciadores. Como exemplo, citou-se também professores que podem espalhar suas aulas por todo o Brasil por meio da internet ou até pessoas que buscam um canal livre para expressar sua opinião.
A profissão de creator chegou para se estabelecer no mercado e cresce a cada dia. Para os especialistas, os próximos surgimentos de mercado serão cursos para desenvolver habilidades e competências para esses creators, que passarão a ter uma formação acadêmica especializada.
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