1. O que te inspira na vida e no trabalho?
Pode até soar chiclê para alguns, mas o que tenho de mais valioso, que na prática faz parte do meu dia a dia e o que mais me inspira são: Jesus Cristo, a minha esposa, os meus pais e os meus melhores amigos. Alguns livros em particular também me inspiram com suas mensagens, como a Bíblia e Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes do Stephen R. Covey.
Atualmente, no trabalho, Brian Chesky (CEO e um dos fundadores do Airbnb) me inspira pela trajetória, visão e estilo de empreender que tenho oportunidade de acompanhar na convivência.
2. Você lembra como foi seu primeiro contato com a tecnologia?
Sim, minha memória mais marcante e antiga vem de passar algumas tardes jogando futebol no Commodore 64 (C64), um dos primeiros computadores domésticos da década de 80.
3. O que te fez optar por fazer parte de uma startup? Como você se preparou para fazer parte do mundo empreendedor?
Desde a faculdade eu já tinha muita vontade de fazer parte do mundo empreendedor, e as startups são naturalmente parte importante desse mundo. Diria que o meu maior preparo veio (e ainda vem) em tempo real, com a experiência prática.
4. Quando você começou na startup que está, qual era sua visão de sucesso?
Quando comecei no Airbnb, em novembro de 2011, a minha visão de sucesso era a mesma de hoje: conseguir mudar o mundo de alguma forma, conectando e ajudando pessoas de uma maneira inteligente e eficiente.
5. No Brasil, todo mundo é meio técnico da seleção e quer escalar o time dos sonhos. Como você fez para escalar o seu time?
Não adianta escalar qualquer um só para completar 10 na linha e um no gol – não funciona diminuir o grau de exigência. É preciso escolher os melhores dos melhores da primeira divisão. Se você não tem 100% de convicção de que está fechando com a pessoa certa para uma posição, procure outra pessoa ou reavalie sua percepção até chegar lá. Para a operação do Airbnb no Brasil, demoramos um ano e meio para encontrar o nosso diretor comercial.
6. Você gasta quanto do seu tempo com vendas?
Cerca de 60%.
7. Para onde o mercado brasileiro vai? E as startups vão junto, vão na frente ou atrás?
Na minha opinião, com algumas reformas necessárias e urgentes (como a revisão da carga tributária e leis trabalhistas, a melhoria da infraestrutura e da quantidade de incentivos estatais), o mercado brasileiro vai continuar no caminho para assumir uma posição entre as cinco principais economias mundiais.
Quanto às startups no Brasil, ainda estamos no primeiro capítulo. Ainda virão outras crises dessas que “limpam” o mercado, mas a médio e longo prazo, não tenho dúvidas de que os próximos capítulos serão cheios de casos de sucesso.
8. Você se sente realizado? já conquistou o sucesso? Sua noção de sucesso alterou conforme a sua trajetória de participação na startup?
Sentir-se realizado é um fim. Me sinto realizando, realizando com sucesso, mas sempre lembrando “Never reach your mountain top”.
9. Quais startups te deixam mais feliz como cliente?
Gosto da Easy Taxi e da Uber.
10. Se você fosse se tornar sócio investidor de uma startup, qual ou quais seriam elas?
Entre as brasileiras, vejo muito potencial na Locamob (locamob.com.br), que reúne sugestões e comentário sobre locais. Inclusive já investi nela.
11. Quais dicas você daria para quem está pensando em empreender uma startup?
Ache uma ideia e um time que juntos te deem muita paixão, pare de pensar e faça.