As cidades inteligentes, também conhecidas como smart cities, estão cada vez mais próximas de se tornar realidade, a interação entre sociedade e tecnologia passa a ser cada vez mais necessária, e o crescimento urbano sobe a cada ano. Afinal, até 2050, a ONU estima que duas em cada três pessoas do mundo estarão vivendo em áreas urbanas.
Uma smart city é aquela capaz de otimizar as funções da cidade e melhorar seus índices socioeconômicos por meio de tecnologia inteligente e análise de dados. Para “medir a temperatura” do tema entre gestores públicos, empreendedores e cidadãos, o Sebrae-SP realizou a pesquisa “Smart Cities”, que contou com dois objetivos centrais: trazer um panorama e tendências sobre smart cities e sua conexão com os pequenos negócios e mapear a aplicação das cidades inteligentes no Estado de São Paulo.
A pesquisa mapeou os eixos mais importantes para os empreendedores quando se trata de smart cities. Os três mais citados foram: economia, tecnologia e educação, assim como o próprio estímulo ao empreendedorismo. Os demais eixos são energia, meio ambiente, governança, segurança, mobilidade, urbanismo e saúde.
Os números das smart cities
O tema das smart cities ainda é pouco conhecido pelo empreendedor: apenas 36% deles já ouviram falar, contra dos 83% gestores públicos. Entre os cidadãos, esse índice é de 48%. Quando se trata de apoio ao eixo de empreendedorismo nas cidades, a percepção varia: donos de pequenos negócios dão nota 5 ao apoio das prefeituras ao empreendedorismo, enquanto que os gestores públicos avaliam esse item com nota 8,1.
A pesquisa também levantou o uso de tecnologia dos pequenos negócios: 65% dos empreendedores classificam como muito importante o uso de tecnologia dentro da empresa e 96% usam o celular no dia a dia do negócio. A grande maioria (94%) afirma que pretende manter as mudanças tecnológicas provocadas pela pandemia de covid-19.
Em relação a coleta e utilização de dados dos clientes, 71% dos empreendedores dizem que coletam ou armazenam algum tipo de dado, mas, por outro lado, 44% dizem não fazer uso nenhuma das informações. Isso indica que ainda há um campo para ser trabalhado por empreendedores para aproveitar esses dados para ações de marketing e relacionamento com o cliente.
Para a pesquisa, foram entrevistados 1.082 empreendedores, 1.000 cidadãos e 81 gestores públicos entre agosto e setembro de 2022.